Ibovespa fecha estável e soma alta de 3% em setembro; dólar cai no mês
Sessão também é de definição da taxa Ptax de fim de mês, o que tende a trazer maior volatilidade aos negócios até o início da tarde
O Ibovespa renovou máxima histórica durante esta terça-feira (30), tendo bancos entre os principais suportes, mas perdeu o fôlego como reflexo de realização de lucros, com Petrobras entre as maiores pressões negativas, em meio ao declínio do petróleo no exterior.
O índice referência do mercado acionário brasileiro fechou em baixa de 0,07%, a 146.237,02 pontos, após marcar 147.578,39 pontos no melhor momento, novo topo intradia.
No mês de setembro, o Ibovespa acumulou alta de 3,37%. Já no trimestre, a alta do índice foi de 5,28%.
O dólar oscilou pouco ante o real nesta terça, com investidores atentos ao risco de paralisação no governo dos EUA.
A moeda americana à vista fechou em leve alta de 0,06%, aos R$ 5,3228 na venda. No mês de setembro, o dólar acumulou baixa de 1,94% frente ao real, enquanto no trimestre, a variação negativa foi de 1,98%.
Em sessão de definição da Ptax, Bruno Shahini, especialista em investimentos da Nomad, afirmou que investidores travaram posições para evitar perdas.
Calculada pelo Banco Central com base nas cotações do mercado à vista, a Ptax serve de referência para a liquidação de contratos futuros e a disputa técnica para sua formação favoreceu a volatilidade, segundo Shahini.
No fim de cada mês, agentes financeiros tentam direcioná-la a níveis mais convenientes às suas posições, sejam elas compradas (no sentido de alta das cotações) ou vendidas em dólar (no sentido de baixa).
A formação da Ptax aliada à possibilidade de shutdown e a busca por ativos seguros como o dólar deram força para a leve alta da moeda americana, aponta Leonardo Santana, especialista em investimentos e sócio da casa de análise Top Gain.
No exterior, investidores se mantêm atentos às negociações sobre o Orçamento dos EUA. O Senado, controlado pelos republicanos, deve votar um projeto de lei de gastos temporários que não foi aprovado em uma tentativa anterior, sem nenhum sinal de que uma segunda votação terá sucesso.
Na segunda-feira (29), o dólar à vista fechou em baixa de 0,35% no Brasil, aos R$ 5,3197.
Mais cedo, o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) informou que a taxa de desemprego ficou em 5,6% nos três meses até agosto, em linha com o projetado por economistas ouvidos pela Reuters.
*Com informações da Reuters
