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    Dólar fecha em queda forte e recua a R$ 5,78 após falas de Haddad; bolsa sobe

    O mercado espera que o governo anuncie o quanto antes medidas de contenção de despesas, como havia sido prometido pela equipe econômica para depois das eleições municipais

    Da CNN*

    O dólar recuou mais de 1% ante o real nesta segunda-feira (4) e fechou abaixo de R$ 5,80, após o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmar que as medidas fiscais discutidas pelo governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva estão adiantadas e que terá uma reunião sobre o tema com o presidente ainda hoje.

    No cenário exterior, a moeda norte-americana também cedia na véspera da eleição presidencial dos Estados Unidos.

    O dólar à vista fechou o dia com baixa de 1,48%, cotado a R$ 5,7833, depois de ter atingido o maior valor de fechamento desde 13 de maio de 2020, na última sexta-feira (1º). No ano, porém, a divisa acumula alta de 19,20%.

    Já o Ibovespa, principal índice do mercado brasileiro, fechou a sessão em alta de 1,87%, a 130.514,79 mil pontos. A máxima do dia atingiu 130.608,79 mil pontos e 128.128,13 mil pontos na mínima. O volume financeiro somava R$ 17,73 bilhões de antes dos ajustes finais.

    Cenário econômico

    Após ter fechado a sexta-feira (1º) no maior valor desde 13 de maio de 2020, aos R$ 5,8699, desde cedo nesta segunda-feira a moeda norte-americana vem apresentando baixa firme ante o real, com investidores à espera dos desdobramentos das conversas em Brasília entre Haddad e Lula, na expectativa de que possam surgir novidades na área fiscal.

    Na manhã desta segunda, o chefe da equipe econômica disse à imprensa que o pacote está “adiantado” do ponto de vista técnico e que o anúncio deve sair ainda nesta semana.

    “Como o presidente [Lula] pediu para eu ficar e como as coisas estão muito adiantadas do ponto de vista técnico,  nós já estamos prontos para anunciar essa semana”, disse a jornalistas.

    A CNN antecipou a informação de que o governo pretendia entregar as medidas de revisão dos gastos públicos nesta semana.

    No domingo (3), o Ministério da Fazenda informou que Haddad havia cancelado a pedido do presidente viagem à Europa marcada para esta semana, para se dedicar “aos temas domésticos”.

    No entanto, Lula avaliou que a ausência do ministro da Fazenda no Brasil poderia prejudicar ainda mais o andamento da economia, tendo em vista a alta do dólar e as eleições americanas que ocorrem nesta semana.

    Por isso, ele deu a ordem para que Haddad permanecesse no país para “evitar um mundo da especulação” no mercado financeiro e investidores.

    O mercado espera que o governo anuncie o quanto antes medidas de contenção de despesas, como havia sido prometido pela equipe econômica para depois das eleições municipais.

    O exterior contribuía para o movimento visto no Brasil, com o dólar em baixa ante praticamente todas as demais divisas e os rendimentos dos Treasuries em queda firme.

    Lá fora, o foco principal é a eleição presidencial norte-americana desta terça-feira (5), com as campanhas do republicano Donald Trump e da democrata Kamala Harris buscando votos decisivos nos sete Estados que decidirão a disputa.

    Relatório Focus

    Mais cedo, o relatório Focus do BC mostrou que a mediana das projeções do mercado para o dólar no fim de 2024 passou de R$ 5,45 para R$ 5,50. A projeção de inflação neste ano foi de 4,55% para 4,59% e para o próximo ano passou de 4,00% para 4,03% — em ambos os casos acima do centro da meta de inflação, de 3%.

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    *Com informações da Reuters

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