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Ouro fecha em alta com apostas para Fed; prata salta 3,5% e bate recorde

Movimentação acontece em meio a consolidação das apostas por diminuição na taxa básica de juros norte-americana

Letícia Araújo*, especial para a AE, do Estadão Conteúdo
Barras de ouro
O ouro para fevereiro encerrou em alta de 0,47%, a US$ 4.274,80 por onça-troy  • 10/01/2025 - REUTERS/Angelika Warmuth/File Photo
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O ouro encerrou a sessão desta segunda-feira (1º) em alta, atingindo o maior preço desde outubro, se beneficiando de um dólar mais enfraquecido enquanto o mercado continua precificando um novo corte nos juros dos Estados Unidos neste mês de dezembro. Ao mesmo tempo, a prata saltou mais de 3% e registrou novo recorde nesta sessão.

Na Comex, divisão de metais da Nymex (bolsa de Nova York), o ouro para fevereiro encerrou em alta de 0,47%, a US$ 4.274,80 por onça-troy. Já a prata para março seguiu os movimentos do ouro, saltando 3,5%, a US$ 59,142 por onça-troy, após atingir a máxima recorde de US$ 59,435 durante a sessão.

Para a Deutsche Bank, a demanda por ETFs deve ser a principal razão por trás de um déficit na oferta do metal prateado - também dando suporte ao preço do ouro. O banco prevê, ainda, que a prata deve atingir a faixa de US$ 58,50 em 2026 e US$ 60 em 2027.

O ouro ampliou os ganhos do fim da semana passada, atingindo a máxima diária de US$ 4.299,60 - o valor mais alto desde 21 de outubro.

A movimentação acontece em meio à consolidação das apostas por uma diminuição na taxa básica norte-americana na reunião do Federal Reserve da próxima semana, que se mantêm acima de 80%, segundo ferramenta de monitoramento do CME Group.

Também em meio às expectativas por mudanças na política monetária, analistas do Macquarie afirmam que um dólar mais fraco ajuda a sustentar o rali do metal precioso.

O Departamento Australiano de Estatísticas afirmou que as mineradoras do país estão aumentando a exploração do metal dourado, gastando cerca de US$ 282,6 milhões. De acordo com a Bloomberg, é o maior valor trimestral desde 1994, quando os dados passaram a ser coletado.

*Com informações de Dow Jones Newswires

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