Pega mal ao governo fazer indicações não técnicas para estatais, diz economista

Economista-chefe do Banco Master, Paulo Gala, falou à CNN sobre o impacto da mudança da Lei das Estatais

Diego Mendes e Produzido por Renata Souza, da CNN, São Paulo
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Neste domingo (18), Paulo Gala, economista-chefe do Banco Master e professor de economia da FGV-SP, falou à CNN sobre o impacto da mudança da Lei das Estatais.

Segundo ele, a primeira preocupação é que as estatais comecem a receber indicações não técnicas, de pessoas que não estão capacitadas para fazer a gestão da coisa pública e assumir cargos nessas companhias.

“Pega muito mal para o governo fazer esse tipo de indicação — não estou dizendo que o governo está fazendo isso. Fazer indicações ruins demonstra uma falta de cuidado com a coisa pública”, declarou.

Gala diz que, de modo geral, a preocupação que tem no mercado, é a de aparelhamento das estatais. Ou seja, começar a usar as empresas como cabide de empregos. “As estatais têm bons salários, são empresas poderosas e ricas, e o grande medo é que funções que precisam ser técnicas [...], sejam ocupados por cargos de apadrinhamento, indicação por pessoas que não têm competência”.

Na sua visão, as estatais são importantíssimas para o país e precisa de pessoas muito qualificadas para fazer a gestão. “Mas, não podemos fazer uma demonização dos políticos. Tem muita gente competente e capaz no meio político. Aliás, isso depende o progresso do país”, afirma.

Veja no vídeo acima a entrevista na íntegra. 

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