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Petróleo fecha em alta com dados de estoques de gasolina e CPI dos EUA

Investidores também permanecem atentos aos planos da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (Opep+) de aumentar a produção

Thais Porsch*, do Estadão Conteúdo
Bomba de petróleo na Califórnia, EUA
Bomba de petróleo na Califórnia, EUA  • Reuters
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Os contratos futuros do petróleo fecharam em alta de 2% nesta quarta-feira (12%) após os últimos dados dos EUA apontarem grande queda nos estoques de gasolina na última semana e alta menor do que o previsto para os preços ao consumidor em fevereiro.

Investidores também permanecem atentos aos planos da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados (Opep+) de aumentar a produção e às tarifas de Donald Trump.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o contrato de petróleo WTI para abril fechou em alta de 2,15% (US$ 1,43), a US$ 67,68 o barril, enquanto o Brent para maio, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), avançou 2,00% (US$ 1,39), a US$ 70,95 o barril.

Segundo o Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) dos EUA, os estoques de gasolina caíram em 5,7 milhões de barris na semana passada, contra as expectativas de uma retirada de 1,1 milhão de barris, apontando para uma demanda robusta.

"A gasolina é a estrela do show hoje e está arrastando o resto do barril para o passeio depois de um desempenho inferior por semanas", diz Robert Yawger, da Mizuho.

Contribuindo para a alta da commodity, o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês) americano veio abaixo do esperado, subindo 0,2% em fevereiro ante janeiro. Analistas consultados pelo Projeções Broadcast esperavam alta de 0,3%.

Enquanto isso, o mercado de petróleo parece estar ignorando amplamente o fato de a Ucrânia ter concordado com um cessar-fogo mediado pelos EUA, dizem os analistas do ING, já que ainda há incerteza sobre a posição da Rússia em relação ao acordo proposto.

No radar, a Opep manteve a previsão para o crescimento da demanda global pela commodity este ano, em 1,4 milhão de barris por dia (bpd). Para 2026, a organização segue projetando alta de 1,4 milhão de bpd na demanda, a 106,63 milhões de bpd.

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