CNN Brasil Money

Petróleo fecha em alta com sanções dos EUA à Rússia

A commodity alcançou nesta segunda-feira os maiores níveis desde agosto do ano passado

Thais Porsch*, do Estadão Conteúdo
Logotipo da estatal brasileira de petróleo Petrobras em sua sede no Rio de Janeiro, Brasil
Logotipo da estatal brasileira de petróleo Petrobras em sua sede no Rio de Janeiro, Brasil  • Sergio Moraes/Reuters
Compartilhar matéria

Os contratos futuros de petróleo fecharam novamente em forte alta nesta segunda-feira (13) ainda repercutindo as novas sanções dos Estados Unidos contra a Rússia e deixando em segundo plano o possível acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para fevereiro fechou em alta de 2,93% (US$ 2,25), a US$ 78,82 o barril, enquanto o Brent para março, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), avançou 1,56% (US$ 1,25), a US$ 81,01 o barril.

A commodity alcançou nesta segunda-feira os maiores níveis desde agosto do ano passado. Em resposta às sanções dos EUA - que incluem bloqueios a grandes empresas de petróleo e gás -, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou que a Rússia procurará maneiras de reduzir seus efeitos sobre seu setor.

Os analistas da Citi estimam que as medidas poderiam cortar o fornecimento em 800.000 barris por dia (bpd) no pior cenário, mas, embora seja difícil, a Rússia conseguiria atenuar o impacto para uma perda de 300.000 bpd se operar suas refinarias com mais força.

Há um potencial de aumento dos preços do petróleo após o anúncio das novas sanções, já que a possível queda na oferta cria um risco de alta nos preços, diz o Morgan Stanley.

Os analistas do banco agora preveem que o Brent terá uma média de US$ 77,50 o barril no primeiro trimestre e US$ 75 o barril no segundo trimestre, ambos com um aumento de US$ 5 em relação à perspectiva anterior, acrescentando mais evidências à teoria de que 2025 será um ano de alta para o petróleo.

Investidores acompanham também os desdobramentos do possível acordo de cessar-fogo entre Israel e o Hamas, que pode resultar na soltura de 33 pessoas em sua primeira fase, além da retirada gradual das forças de defesa israelenses de Gaza. Todavia, o ministro das Finanças de Israel chamou o possível acordo de "catastrófico" e defendeu "força total" até a rendição do Hamas.

Acompanhe Economia nas Redes Sociais