Confiança empresarial sobe 2,7 pontos em abril, maior nível desde novembro de 2021
Nas médias móveis trimestrais, o indicador subiu 1 ponto no mês, interrompendo a sequência de seis quedas consecutivas
O Índice de Confiança Empresarial (ICE) subiu 2,7 pontos em abril, para 94,5 pontos, atingindo o maior nível desde novembro do ano passado, informou nesta segunda-feira (2) o FGV/Ibre. Nas médias móveis trimestrais, o indicador subiu 1 ponto no mês, interrompendo a sequência de seis quedas consecutivas.
“Com a segunda alta seguida, o ICE reverte a tendência de queda observada entre setembro de 2021 e fevereiro de 2022 e recupera 30% dos 11,2 pontos perdidos no período”, informou Aloisio Campelo Jr., superintendente de estatísticas do FGV/Ibre.
Segundo ele, assim como no mês anterior, o setor de serviços teve a maior contribuição para a alta, com destaque para os serviços prestados às famílias. “É um sinal de normalização da economia num contexto pós-pandemia”, disse.
“O outro destaque no mês é a confiança industrial, que subiu 2,4 pontos após oito quedas seguidas. Além da redução de incerteza com a percepção de controle sobre a pandemia, o índice está sendo impulsionado neste início de segundo trimestre por medidas de estímulo como redução de IPI, liberação de recursos do FGTS e antecipação do 13º de aposentados e pensionistas”, avalia Campelo Jr.
A alta da confiança empresarial foi determinada por uma melhora tanto das avaliações sobre a situação atual quanto das expectativas em relação aos meses seguintes, segundo a FGV.
O Índice de Situação Atual Empresarial (ISA-E) subiu 3,6 pontos, para 95,7 pontos, maior nível desde dezembro de 2021 (95,8 pontos). O Índice de Expectativas (IE-E) subiu 2 pontos, para 94,4 pontos.
Entre os setores que integram o ICE (indústria, serviços, comércio e construção), apenas a confiança do comércio registrou queda no mês, influenciado pela piora das expectativas em relação aos próximos meses. A alta da confiança industrial interrompe a sequência de oito quedas consecutivas. Já a confiança dos setores de serviços e da construção subiram mais de 4 pontos no mês, com grande disseminação entre os segmentos.