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Fusão com a Azul: Entenda por que Gol desistiu de negociações

Companhia, controlada pelo grupo Abra, disse que a decisão ocorreu devido ao processo de reestruturação internacional da Azul e mudanças no cenário

Da CNN Brasil
Aviões das companhias aéreas Gol, Latam e Azul estacionados no aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro
Aviões das companhias aéreas Gol, Latam e Azul estacionados no aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro (12.jan.2017)  • Foto: Nacho Doce/Reuters
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Após nove meses de tratativas, o grupo Abra, controlador da Gol, anunciou o fim das negociações para uma possível fusão com a Azul. A intenção de união dos negócios havia sido anunciada pelas empresas em janeiro deste ano.

O anúncio também é valido para o acordo de compartilhamento de voos (codeshare), comunicado pelas companhias em maio de 2024.

A justificativa da decisão, segundo a Gol, é que houve uma mudança no cenário, já que a Azul entrou em processo de reestruturação internacional, o que levou ao encerramento das conversas entre as companhias.

Conforme comunicado na noite de quinta-feira (25), apesar da disposição inicial em avançar, as discussões não progrediram nos últimos meses, devido “ao foco da Azul em seu processo de Chapter 11.”

 

A Azul está em processo de recuperação judicial nos Estados Unidos. A aérea apresentou neste mês à Justiça de Nova York o plano de reestruturação no âmbito do Chapter 11.

Segundo a Abra, a assinatura do acordo preliminar ocorreu em um cenário diferente e, por isto, houve a decisão de encerrar as conversas.

Ainda assim, o grupo reforçou que acredita no mérito de uma futura combinação de negócios entre as duas companhias e afirmou estar aberto a retomar diálogos com os diferentes atores do setor.

Em nota, o Ministério de Portos e Aeroportos declarou que acompanha a decisão e ressaltou que o setor aéreo brasileiro se mantém em crescimento, com aumento na demanda por voos domésticos e internacionais.

O governo destacou que o país seguirá contando com três grandes companhias aéreas — Gol, Azul e Latam —, garantindo competitividade e mais opções para os passageiros.

Relembre acordo

Em janeiro de 2025, a Abra, grupo controlador da Gol e da Avianca, assinou um memorando de entendimento para união dos negócios com a Azul. Na época, a empresa informou que o acordo não vinculante tinha o “objetivo de explorar uma combinação de negócios no Brasil”.

A Gol, exclusivamente, não era parte do acordo, que previa a união dos negócios da controladora aos negócios da Abra.

Caso a transação se concretizasse, as duas empresas previam manter suas marcas e certificados operacionais de forma independente. Ou seja, as marcas Azul e Gol continuariam existindo concomitantemente.

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