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Meta tem impacto de US$ 16 bilhões no lucro do 3º tri por encargos fiscais

Empresa de mídia social agora espera investimento entre US$ 70 bilhões e US$ 72 bilhões este ano

Reuters
Logo da Meta  • 22/04/2024 REUTERS/Annegret Hilse
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A Meta registrou um encargo de quase US$ 16 bilhões no terceiro trimestre relacionado à "Big Beautiful Bill" do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e disse que os investimentos no próximo ano serão "notavelmente maiores" do que em 2025. As ações da empresa caíram cerca de 6% após o fechamento dos mercados.

Excluindo o impacto, a dona do Instagram, Facebook e WhatsApp disse que o lucro líquido no terceiro trimestre teria sido de US$ 18,64 bilhões, em comparação com o resultado positivo de US$ 2,71 bilhões divulgado considerando os encargos.

A empresa de mídia social agora espera investimento entre US$ 70 bilhões e US$ 72 bilhões este ano, em comparação com previsão anterior de US$ 66 bilhões a US$ 72 bilhões.

"Quando começamos a planejar o próximo ano, ficou claro que nossas necessidades de computação continuaram a se expandir significativamente...esperamos investir agressivamente para atender a essas necessidades, tanto construindo nossa própria infraestrutura quanto contratando provedores de computação em nuvem de terceiros", disse Susan Li, diretora financeira da Meta.

Os custos com pessoal serão o segundo maior contribuinte para o aumento dos custos, disse Li, citando o aumento necessário para dar conta da remuneração dos funcionários contratados ao longo de 2025, especialmente profissionais especializados em IA.

A Meta continua a se beneficiar de sua enorme base de usuários. A plataforma de anúncios otimizada por IA da empresa ajuda profissionais de marketing a automatizarem campanhas.

A companhia lançou anúncios no WhatsApp e na rede social Threads, competindo diretamente com plataformas como a X, enquanto o Reels do Instagram continua a disputar com o TikTok, da ByteDance, e o YouTube Shorts a receita de anúncios no mercado de vídeos curtos.

A Meta vem dobrando a aposta na IA, com o objetivo de alcançar a superinteligência, um marco teórico em que as máquinas poderiam superar as capacidades humanas.

Para isso, a Meta reorganizou seus esforços de IA sob a unidade Superintelligence Labs em junho, após a saída de funcionários seniores e a má recepção do modelo Llama 4.

O presidente-executivo da Meta, Mark Zuckerberg, liderou pessoalmente uma agressiva onda de contratações de talentos e disse que a empresa gastará centenas de bilhões de dólares para construir vários centros de dados de IA maciços para obter superinteligência.

A empresa está entre os principais compradores dos chips de IA da Nvidia.

Na semana passada, a Meta fechou um acordo de financiamento de US$ 27 bilhões com a Blue Owl Capital, o maior acordo de capital privado da Meta, para financiar um enorme projeto de data center em Richland Parish, no estado norte-americano da Louisiana, conhecido como "Hyperion".

Em uma ação surpreendente, a Meta disse na semana passada cerca de 600 demissões na unidade de IA para simplificar a tomada de decisões e aumentar responsabilidade, escopo e impacto de cada função.

Os investimentos agressivos em IA da empresa estão criando pressões significativas sobre os custos, mesmo com a previsão de benefícios de longo prazo e crescimento da receita.

As principais empresas de tecnologia, incluindo Alphabet, Amazon.com, Meta, Microsoft e CoreWeave devem investir US$ 400 bilhões em infraestrutura de IA este ano, segundo estimativas do Morgan Stanley.

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