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    Montadoras chinesas abrem fábricas no exterior para driblar restrições

    Fabricantes têm tido atritos com Europa e EUA

    da Reuters

    Os fabricantes de automóveis chineses que buscam o crescimento global estão construindo mais fábricas ao redor do mundo, conforme reguladores estrangeiros avaliam a adoção de medidas contra as importações de carros elétricos fabricados na China.

    A Chery Auto está negociando com o governo italiano para fabricar no país, informou a Reuters na quarta-feira (13). Se as tratativas forem bem-sucedidas, a Chery estará entre as primeiras montadoras chinesas com presença industrial na Europa.

    A crescente influência das exportações de automóveis da China tem causado atritos com a Europa e com os Estados Unidos.

    Veja os planos das montadoras chinesas:

    BYD

    O maior fabricante mundial de veículos elétricos tem construído fábricas de automóveis na Tailândia, Brasil, Hungria e Uzbequistão.

    A BYD iniciou a produção na fábrica do Uzbequistão em janeiro com o crossover híbrido Song Plus. A fábrica tem capacidade de produção anual planejada de 300 mil veículos.

    No âmbito de uma parceria com o desenvolvedor industrial tailandês WHA Group, a BYD produzirá 150.000 EVs por ano na Tailândia e espera-se que a sua fábrica local comece a operar ainda este ano.

    No Brasil, espera-se que seu complexo fabril inicie operações até o final do ano, ou no início de 2025, com uma capacidade de produção anual estimada de 150.000 unidades na primeira fase.

    A montadora anunciou a sua fábrica húngara de produção de EVs e híbridos plug-in em dezembro, dizendo que criaria milhares de empregos locais, impulsionaria a economia local e apoiaria as cadeias de fornecimento locais. Não foi dito quando a produção poderia começar.

    Ela também disse que está procurando um local no México para uma fábrica com capacidade de produção de 150 mil carros anualmente apenas para vendas locais.

    A BYD tem capacidade para produzir 4 milhões de carros anualmente na China. Seus maiores mercados internacionais em 2023 incluíam Tailândia, Brasil, Israel e Austrália.

    Chery Auto

    A maior montadora da China em volume de exportação, disse no ano passado que investirá US$ 400 milhões para abrir uma fábrica na Argentina que produzirá 100 mil carros até 2030.

    A empresa vendeu mais de metade dos seus carros fora da China em 2023, a maioria deles com motores a gasolina. A Rússia é o seu maior mercado externo, ao mesmo tempo que tem uma grande presença na América Latina.

    Em 2014, montou uma fábrica no Brasil com capacidade anual de 150 mil unidades.

    A Chery está considerando construir uma fábrica de automóveis no Reino Unido nesta década, informou o Financial Times.

    SAIC Motor

    A estatal, que é a segunda maior exportadora de automóveis da China com os seus carros da marca MG, está à procura de um local na Europa para instalar uma fábrica para a produção de EVs.

    A SAIC construiu três fábricas de automóveis no exterior – Tailândia, Indonésia e Índia. Também possui uma linha de montagem sob o regime “knocked down” (CKD) no Paquistão, onde monta carros a partir de peças entregues no local.

    Great Wall Motor

    A fabricante possui uma fábrica na Tailândia com capacidade anual de 80.000 unidades.

    Também prevê o lançamento de uma fábrica no Brasil, em Iracemápolis, no Estado de São Paulo, no segundo semestre deste ano. A unidade terá capacidade de produção de 100 mil unidades por ano ao final do processo de modernização da planta.

    Geely

    A Geely, cujas marcas incluem Lotus e Volvo, possui fábricas em Belarus, no Reino Unido e na Indonésia.

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