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Petrobras tem primeira refinaria do país certificada para produção de SAF

A partir de 2027, companhias aéreas no Brasil deverão começar a usar, obrigatoriamente, esse tipo de combustível em voos internacionais

Denise Luna, do Estadão Conteúdo
A Reduc possui autorização da ANP para incorporar até 1,2% de matéria-prima renovável na produção de SAF por esta rota  • 16/10/2019REUTERS/Sergio Moraes
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A Reduc (Refinaria Duque de Caxias), no Rio de Janeiro, é a primeira refinaria no Brasil certificada para produzir e comercializar SAF (combustível sustentável de aviação) pela rota HEFA (Hydroprocessed Esters and Fat Acids) de coprocessamento, uma das rotas reconhecidas internacionalmente como uma solução estratégica para a descarbonização do setor aéreo, informou a estatal nesta quarta-feira (15).

A partir de 2027, as companhias aéreas no Brasil deverão começar a usar, obrigatoriamente, esse tipo de combustível em voos internacionais, com base na Lei do Combustível do Futuro e na fase obrigatória do Corsia (Carbon Offsetting and Reduction Scheme for International Aviation).

De acordo com a Petrobras, a certificação ISCC CORSIA assegura padrões rigorosos de sustentabilidade e rastreabilidade para a redução de emissões de gases de efeito estufa nos mercados internacionais do setor de aviação.

"O processo de certificação foi iniciado após a obtenção da autorização da ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) para a produção de SAF, em maio deste ano, culminando na emissão do certificado pela ISCC em outubro", explicou a empresa em nota.

O SAF pode substituir diretamente o querosene de aviação convencional sem necessidade de modificações nas aeronaves ou na infraestrutura de abastecimento. "Isso torna o combustível uma solução prática e rápida para reduzir as emissões do setor aéreo", observou.

A Reduc possui autorização da ANP para incorporar até 1,2% de matéria-prima renovável na produção de SAF por esta rota. A previsão é que, a partir dos próximos meses, a refinaria inicie a produção para comercializar até 50 mil m³/mês (10 mil bpd) do combustível.

A utilização de matéria-prima de baixa intensidade de carbono e o teor de compostos renováveis obtido no combustível são compatíveis com a exigência de redução de 1% das emissões de gases de efeito estufa para a aviação doméstica em 2027.

"A Petrobras dá mais um passo no caminho da transição energética justa ao oferecer ao mercado uma solução estratégica de baixo investimento e rápida implementação, contribuindo de forma efetiva para a descarbonização do setor aéreo. Concomitante a isso, estamos provando a importância dos investimentos em inovação e sustentabilidade no refino brasileiro", disse na nota o diretor de Processos Industriais e Produtos da Petrobras, William França.

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