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    Retorno às origens: novo CEO quer que Starbucks volte a ser uma cafeteria

    Pedidos de aplicativos móveis e drive-thru representam mais de 70% das vendas em aproximadamente 9.500 lojas operadas pela empresa nos EUA

    Da CNN , Nova York

    A Starbucks está em declínio, com queda nas vendas à medida que passou de uma cafeteria tradicional para uma onde as pessoas fazem pedidos pelos smartphones e retiram no balcão. O novo CEO tem um plano para consertar tudo. E isso começa com cadeiras confortáveis.

    Brian Niccol, em seu segundo dia como chefe da Starbucks, disse em uma carta aos funcionários e clientes que deseja devolver a Starbucks às suas raízes como uma “cafeteria comunitária” com assentos confortáveis, design e uma distinção clara entre “para viagem” e serviço “para cá”.

    “Há uma sensação compartilhada de que nos afastamos de nossa essência”, disse ele na terça-feira (10). “Estamos comprometidos em elevar a experiência na loja — garantindo que nossos espaços reflitam as imagens, os cheiros e os sons que definem a Starbucks”.

    Niccol é considerado o “Sr. Conserte Isso”, tendo planejado reviravoltas na Chipotle e na Taco Bell. Ele será o quarto CEO da Starbucks em dois anos, assumindo o comando em meio à queda nos negócios e à pressão de funcionários e investidores.

    As vendas da Starbucks caíram por dois trimestres consecutivos. Alguns clientes expressaram frustração com os preços altos, a lentidão na coleta de pedidos no aplicativo da Starbucks e as opções de comida sem brilho.

    A empresa, historicamente considerada um empregador progressista, também assistiu a uma onda de organização sindical nas lojas resultante da frustração com as condições de trabalho, salários e benefícios.

    A Starbucks está fazendo a transição de uma empresa basicamente tradicional para um negócio voltado para a Internet. Os pedidos de aplicativos móveis e drive-thru representam mais de 70% das vendas em aproximadamente 9.500 lojas operadas pela empresa nos Estados Unidos.

    Ele disse na carta que nas últimas semanas tem visitado lojas e conversado com funcionários e clientes.

    Ele reconheceu que, em algumas lojas, especialmente nos Estados Unidos, elas podem parecer “transacionais, os cardápios podem parecer complicados, o produto é inconsistente, a espera muito longa ou a entrega muito agitada”.

    Ele disse que a Starbucks se concentrará em “capacitar” os baristas, garantindo que eles tenham “ferramentas e tempo para preparar ótimas bebidas”. Alguns funcionários disseram que os pedidos online podem se acumular e sobrecarregar as lojas, impactando os trabalhadores.

    Niccol, que mora em Newport Beach, Califórnia, foi alvo de críticas por não se mudar permanentemente para os escritórios da Starbucks em Seattle e por usar um jato corporativo para ir e voltar.

    Segundo a empresa, Niccol passará algum tempo nas lojas, na sede em Seattle e com funcionários da Starbucks em todo o mundo.

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