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Tesla solicita licença para fornecer energia elétrica no Reino Unido

Empresa de Elon Musk busca expandir negócios em meio à queda nas vendas de automóveis em diversos mercados

Lianne Kolirin, da CNN
Imagens que fazem referência à Tesla, energia elétrica e o Reino Unido
Além de ser a fabricante de carros elétricos mais reconhecida do mundo, a Tesla possui um negócio de fornecimento de armazenamento de baterias e energia solar  • Ilustração gerada por inteligência artificial
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A Tesla, de Elon Musk, solicitou ao órgão regulador britânico de energia uma licença para fornecer eletricidade a famílias no Reino Unido.

Se aprovada, a licença permitirá que a Tesla concorra com várias grandes empresas de energia que atualmente fornecem este serviço essencial para propriedades na Inglaterra, País de Gales e Escócia.

O pedido ao órgão regulador de energia do Reino Unido, Ofgem, foi apresentado no final do mês passado pela Tesla Energy Ventures Limited, sediada em Manchester.

O documento oficial foi assinado por Andrew Payne, citado como diretor da empresa. Seu perfil no LinkedIn o identifica como diretor de energia da Tesla para a região EMEA (Europa, Oriente Médio e África).

Além de ser a fabricante de carros elétricos mais reconhecida do mundo, a Tesla possui um negócio de fornecimento de armazenamento de baterias e energia solar.

No ano passado, a empresa viu sua receita da venda de células solares, baterias e outros produtos energéticos quase dobrar, aumentando US$ 1,5 bilhão ou 93% em comparação ao ano anterior.

Musk, uma das pessoas mais ricas do mundo, recebeu na semana passada um pacote de remuneração de US$ 29 bilhões da empresa. A Tesla, da qual ele é CEO, já fornece eletricidade para propriedades residenciais no Texas.

O pedido ocorre em um momento em que o principal negócio da empresa - a venda de carros - está em declínio. A receita automotiva da Tesla caiu 16% de abril a junho e a receita geral diminuiu 12%, segundo seu relatório de resultados.

As vendas de seus modelos mais vendidos, Model Y e Model 3, caíram 12% em comparação com o ano anterior, enquanto as vendas de seus modelos mais caros, incluindo o Cybertruck, despencaram 52%.

As vendas de novos Teslas caíram 60% em julho no Reino Unido em comparação com o ano anterior, segundo a SMMT (Sociedade de Fabricantes e Comerciantes de Automóveis).

Enquanto isso, as vendas anuais caíram 22% em toda a Europa, de acordo com os números de junho da Associação Europeia de Fabricantes de Automóveis.

A queda significativa nas vendas, não apenas nos EUA, mas em todo o mundo, é amplamente percebida como uma reação às atividades políticas de Musk, bem como à crescente concorrência de outros fabricantes de veículos elétricos, principalmente da China.

Em 2023, a Tesla anunciou no LinkedIn uma vaga para diretor de operações para administrar a Tesla Electric no Reino Unido. O anúncio dizia que a Tesla estava se aventurando no setor de eletricidade para "acelerar a transição para energia sustentável".

O comunicado afirmava: "Acreditamos fortemente que simplificar e melhorar a experiência do cliente em torno da eletricidade no varejo e usinas virtuais de energia é necessário para impulsionar uma adoção significativa entre os consumidores. Oferecer uma experiência do cliente simples e integrada garantirá que a flexibilidade residencial em pequena escala possa ser totalmente utilizada para apoiar a transição de toda a rede elétrica para 100% de energia renovável".

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