Trabalhadores da Embraer no interior de SP suspendem greve, diz sindicato
Suspensão da greve ocorreu depois que os trabalhadores rejeitaram na véspera proposta de reajuste salarial; apesar da suspensão, metalúrgicos seguem em "estado de mobilização"
Metalúrgicos da Embraer decidiram nesta quinta-feira (18) suspender greve iniciada na véspera na fábrica da companhia em São José dos Campos (SP) depois do que chamaram de "forte repressão da Polícia Militar" e voltaram às atividades, afirmou o sindicato local em comunicado.
A suspensão da greve ocorreu depois que os trabalhadores rejeitaram na véspera uma nova proposta de reajuste salarial oferecida pela companhia. Apesar da suspensão, os metalúrgicos seguem em "estado de mobilização", afirmou o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos.
Os trabalhadores aprovaram em assembleia nesta quinta uma contraproposta a ser enviada à Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), que representa a Embraer nas negociações da campanha salarial, disse a entidade.
A proposta dos metalúrgicos envolve reajuste salarial de 9,5% e vale-alimentação de R$ 1.000, além da assinatura da convenção coletiva sem retirada de direitos.
Anteriormente, a categoria cobrava reajuste salarial de 11%.
Na véspera a Embraer, por meio da Fiesp, havia elevado sua oferta inicial de aumento de 5,05% para 5,5%, segundo a entidade sindical, que citou que desde o início desta manhã pelo menos sete viaturas da PM estavam posicionadas na porta da fábrica da companhia.
“Lembramos que a greve não acabou, apenas foi suspensa. Até porque a Embraer tem condições de atender às reivindicações dos trabalhadores.
A empresa está em um ótimo momento, com recordes de lucro. Além disso, recebe incentivos do governo federal”, disse Herbert Claros, diretor do sindicato, no comunicado.
Procurada pela CNN, a Polícia Militar do Estado de São Paulo afirma em nota que grevistas impediam a entrada de funcionários que não aderiram à paralisação e que "após a chegada da equipe policial, as partes envolvidas foram orientadas e os funcionários não grevistas foram liberados para seguir com suas atividades".
A PMSP ainda afirma que os manifestantes permaneceram no local e a manifestação seguiu de forma pacífica, sem registro de detidos e feridos.
