Oposição apresenta recurso para barrar decreto que dobra impostos em armas e munições

Com 41 autores, proposta é reação à política de desarmamento capitaneada pelo governo Lula

Taísa Medeiros, da CNN, Brasília
Medida decretada por Lula impacta itens como revólveres, pistolas, espingardas, spray de pimenta, carabinas de caça ou de tiro ao alvo e armas de fogo  • Steve Prezant/Getty Images
Compartilhar matéria

Em reação à nova taxa cobrada para armas e munições, alterada na última terça-feira (31) pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), a oposição ao governo na Câmara dos Deputados apresentou um recurso contra a medida.

Foi apresentado, com autoria de 41 deputados, um Projeto de Decreto Legislativo (PDL) para barrar a mudança na alíquota do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) incidente sobre a comercialização dos itens.

Quem lidera a iniciativa é o deputado Mário Frias (PL-RJ). Ele defende que medidas como essa cerceiam a liberdade individual dos cidadãos e atrapalham possíveis melhorias no sistema de segurança pública brasileiro.

"No caso desse governo a atuação é duplamente negativa, o Lula se iguala a outros ditadores com quem ele se aconselha ou que já foi admirador no sentido de desarmar a população para poder ter o controle", critica Frias.

Um requerimento de urgência também foi apresentado pela oposição. O deputado Junio Amaral (PL-MG) define que a medida é uma "vingança" contra a segurança pública e privada.

"Entendemos o alcance da sanha arrecadatória de Lula ao querer penalizar até mesmo o setor de defesa e segurança ao aumentar essa alíquota do IPI de 29% para 55%", relata o deputado, que acusa o presidente e seu partido de "não entenderem nada de segurança pública'.

A medida decretada por Lula impacta itens como revólveres, pistolas, espingardas, spray de pimenta, carabinas de caça ou de tiro ao alvo e armas de fogo. O aumento na taxa é de 55%. O IPI cobrado anteriormente para esses produtos era de 29,25%.

Veja também - Haddad: Apresentamos medidas para alcançar objetivos

Acompanhe Economia nas Redes Sociais