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Setor produtivo defende complementaridade do público e privado na COP30

Indústria divulgou um parecer nesta quarta (15) pedindo ações e resultados concretos durante a conferência climática

Vitória Queiroz e Pedro Teixeira, da CNN, em Brasília
Presidente da CNI, Ricardo Alban  • Divulgação/CNI
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A CNI (Confederação Nacional da Indústria) apresentou nesta quarta-feira (15) as propostas oficiais da indústria brasileira para a COP30 (30ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas), que será realizada em Belém no mês de novembro.

As sugestões foram divulgadas durante o evento “A Pré-COP30: O Papel do Setor Privado na Agenda de Clima”, em Brasília. Na ocasião, o chair da SB COP (Sustainable Business COP), Ricardo Mussa, afirmou que a articulação entre os setores privados e públicos para elaborar soluções aos desafios climáticos irá compor o legado do Brasil na conferência.

“Um dos grandes legados que o Brasil vai deixar para a COP é a SB COP. É a forma do setor privado se organizar e saber conversar com os agentes públicos de forma coordenada”, disse Mussa na abertura do evento.

Em setembro, a SB COP apresentou as 23 prioridades para acelerar o alcance das metas climáticas e fortalecer o papel do setor privado nas negociações globais durante a Semana do Clima de Nova York. A coalizão global é formada por quase 40 milhões de empresas de mais de 60 países.

A complementaridade entre o setor público e privado para avançar em soluções para os problemas climáticos também foi abordada pelo presidente da CNI, Ricardo Alban. A entidade defende a realização de uma COP30 capaz de implementar ações e resultados concretos.

“As políticas públicas não podem estar desassociadas do setor produtivo e da sociedade civil”, disse Alban a jornalistas nesta quarta-feira (15).

O evento da CNI também registrou a participação de Dan Ioschpe, campeão de Alto Nível do Clima da COP30. No seu discurso, Ioschpe afirmou que esta edição da conferência quer ir além de lançar novas iniciativas, buscando também implementá-las.

Segundo o campeão de Alto Nível, há medidas práticas, como a descarbonização da cadeia do aço e cimento, que já podem ser implementadas.

“Temos a possibilidade de acelerar o desenvolvimento com o bônus da sustentabilidade”, afirmou Ioschpe.

Na declaração “Visão da Indústria sobre a COP30” divulgada nesta quarta-feira (15), a CNI (Confederação Nacional da Indústria) destacou que expectativa em torno da COP30 recai sobre o Roadmap Baku-Belém, plano de ação que detalhará como mobilizar a Nova Meta Coletiva Quantificada, estimada em US$ 1,3 trilhão anuais até 2035, para financiar ações climáticas.

A entidade que representa o setor industrial propôs medidas que facilitem o acesso ao capital, como a simplificação de processos em bancos multilaterais e a superação de restrições associadas ao endividamento e ao espaço fiscal limitado dos países em desenvolvimento.

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