Enem: 6 mitos que atrapalham quem sonha com medicina
Especialista em alta performance explica que ideias equivocadas são capazes de comprometer o desempenho e afastar candidatos da vaga desejada
Mais de 4,8 milhões de candidatos farão em novembro o Enem (Exame Nacional do Ensino Médio), principal porta de entrada para o ensino público e privado no país. Boa parte deles sonha com a aprovação em medicina, um dos cursos mais disputados do Brasil.
Mas muitos estudantes, porém, comprometem seu rendimento ao acreditar em ideias equivocadas que circulam entre vestibulandos. “Vejo muita gente boa ficando pelo caminho por causa de conselhos genéricos e mitos que não fazem sentido no contexto do Enem”, afirma Eduardo Dias, idealizador do MED e mentor em estratégias de estudo e inteligência emocional.
Desde 2009, a nota do Enem é utilizada em processos como o Sisu (Sistema de Seleção Unificada), que permite o ingresso em universidades públicas; o ProUni (Programa Universidade para Todos) oferece bolsas de estudo em instituições privadas; e o Fies (Fundo de Financiamento Estudantil), facilita o acesso ao crédito para pagamento de mensalidades em faculdades particulares.
Também houve uma novidade recente: a partir do próximo ano, o MEC (Ministério da Educação) vai permitir que candidatos usem a melhor nota entre as três últimas edições do Enem para o Sisu, o que pode aliviar a pressão sobre quem não conseguiu o resultado desejado em um único ano.
“Mais importante do que acreditar em da internet é confiar na sua própria trajetória de estudo. Mantenha a calma e foque na sua prova”, aconselha Dias.
Um dos cursos mais disputados do país continua sendo medicina da USP (Universidade de São Paulo). Pelo sexto ano consecutivo, a graduação manteve o topo da lista da Fuvest, com 90,7 candidatos por vaga.
Essa relevância exige preparo consistente para enfrentar as 180 questões e a redação do exame. Para evitar cair em armadilhas, Dias lista seis mitos comuns e explica por que eles devem ser deixados de lado.
Mito 1: "É impossível passar em medicina com menos de um ano de estudo"
A alta concorrência exige dedicação, mas o tempo não é o fator decisivo. A aprovação depende mais da qualidade das estratégias e do foco nos pontos fracos. “Já acompanhei aluna aprovada em medicina com sete meses de preparação direcionada”, diz o mentor.
Mito 2: "É preciso acertar quase 100% das questões"
O sistema TRI (Teoria de Resposta ao Item) considera o nível de dificuldade das perguntas e a coerência das respostas, não apenas o número de acertos. Em média, os aprovados em medicina ficam entre 80% e 90% de acerto.
Mito 3: "A redação não faz tanta diferença"
A redação pode representar até 20% da nota final. Uma variação de 200 pontos pode significar dezenas de posições no ranking. O ideal é reservar algumas horas semanais para treinar a escrita e manter o hábito da leitura.
Mito 4: "Só ciências da natureza importa"
Embora tenha peso alto, focar apenas nessa área é um erro. O equilíbrio entre linguagens, matemática e humanas costuma definir empates. Segundo Dias, uma boa distribuição é 40% para natureza e o restante dividido entre as demais áreas e a redação.
Mito 5: "Questões antigas não ajudam na preparação"
Estudar provas anteriores é uma das formas mais eficazes de entender o estilo do Enem. O exame mantém padrões consistentes de abordagem e tipo de questão. “Analise pelo menos 500 itens antigos e identifique as armadilhas recorrentes”, recomenda o especialista.
Mito 6: "Não há como treinar o estilo da prova"
O Enem tem formato próprio, com textos longos e perguntas interdisciplinares. É possível se adaptar com técnicas de leitura dinâmica e foco no enunciado. “Treinar o cérebro para buscar conceitos essenciais faz grande diferença”, explica Dias.
Enem 2025: CNN Brasil transmite live com correção da prova em tempo real
O Enem 2025 está chegando e você acompanha na CNN Brasil a correção extraoficial ao vivo do exame.
Nos dois domingos de prova, nos dias 9 e 16 de novembro, a partir das 20h, os professores do Objetivo estarão nos nossos estúdios para uma live com a resolução das questões, análises e comentários.
