Pesquisa diz que crianças e jovens usam IA para estudar e lidar com emoções
Pesquisa do Cetic.br | NIC.br revela ainda queda no acesso à Internet nas escolas e exposição à publicidade e propaganda online

Quase dois terços dos usuários de Internet brasileiros, com idades entre nove e 17 anos, já incorporaram ferramentas de inteligência artificial (IA) generativa em suas rotinas.
A constatação é um dos destaques da 12ª edição da pesquisa TIC Kids Online Brasil 2025, lançada nesta quarta-feira pelo CGI.br (Comitê Gestor da Internet no Brasil) e realizada pelo Cetic.br (Centro Regional de Estudos para o Desenvolvimento da Sociedade da Informação), departamento do NIC.br.
O levantamento, que pela primeira vez investigou o tema, aponta que 59% das crianças e dos adolescentes nessa faixa etária recorrem à tecnologia para realizar pesquisas escolares ou estudar. Outros usos incluem a procura por informações (42%), a criação de conteúdo, como textos e imagens (21%), e, até mesmo, conversas sobre problemas pessoais ou emoções (10%).
O uso da IA generativa cresce com a idade. Entre os adolescentes de 15 a 17 anos, a presença dessas ferramentas é significativamente maior do que entre crianças de 9 a 10 anos, variando de 68% para estudos (contra 37% dos mais novos) a 12% para conversas sobre questões pessoais (contra 4%).
"A inteligência artificial generativa está cada vez mais presente nas práticas digitais cotidianas. Diante desse cenário, incluímos um novo indicador à pesquisa para monitorar como crianças e adolescentes estão utilizando essas tecnologias. Com isso, buscamos gerar evidências que contribuam para a formulação de políticas e ações voltadas à sua proteção, ao bem-estar e desenvolvimento integral”, explica Alexandre Barbosa, gerente do Cetic.br.
Menos acesso à internet na escola após nova lei
A pesquisa também revela o impacto da sanção da Lei nº 15.100/2025, que restringe o uso de celulares nas escolas. A proporção de usuários de 9 a 17 anos que acessaram a Internet no ambiente escolar caiu de 51% em 2024 para 37% em 2025. O celular segue sendo o principal meio de acesso à Internet para 96% da população nessa faixa etária.
Atualmente, 92% das crianças e adolescentes brasileiros entre nove e 17 anos são usuários de Internet, totalizando 24,5 milhões de pessoas, uma proporção estável em relação à edição anterior.
WhatsApp, YouTube e Exposição a conteúdo mercadológico
O WhatsApp é a plataforma digital acessada com maior frequência ("várias vezes ao dia") por 53% dos usuários de 9 a 17 anos, seguido de perto por YouTube (48%), Instagram (48%) e TikTok (46%). Quase a totalidade (99%) dos jovens de 15 a 17 anos possui perfil em, ao menos, uma plataforma investigada.
Em relação a atividades multimídia, pela primeira vez a pesquisa investigou os tipos de vídeos mais assistidos: 46% relataram ter visto vídeos de influenciadores digitais várias vezes ao dia. Um novo alerta surge com a exposição a conteúdo mercadológico online: 53% dos usuários de 11 a 17 anos tiveram contato com vídeos de pessoas divulgando jogos de apostas. A exposição é maior entre os adolescentes de 15 a 17 anos (63%).
“Os dados revelam uma alta exposição de crianças e adolescentes à conteúdos mercadológicos online, que, muitas vezes, vem disfarçada de entretenimento. A percepção dos jovens sobre a personalização de anúncios acende um alerta sobre a necessidade de desenvolver a literacia midiática e de dados desde cedo.”, complementa Alexandre Barbosa.
Mediação e apoio mútuo familiar
No que diz respeito ao uso seguro da Internet, a pesquisa mostra um forte apoio mútuo nas famílias: 31% dos jovens afirmam ajudar seus pais ou responsáveis em atividades online, enquanto 44% dos pais/responsáveis conversam com as crianças e adolescentes sobre o que elas fazem na rede.
“A TIC Kids Online Brasil reafirma o compromisso do CGI.br em promover um ambiente digital mais seguro e inclusivo para crianças e adolescentes.
A pesquisa ajuda a sociedade e o governo a compreender as novas dinâmicas do comportamento dos brasileiros de 9 a 17 anos e a subsidiar políticas públicas e ações educativas mais eficazes e alinhadas à realidade digital deles", conclui Renata Mielli, coordenadora do CGI.br.
Quase dois terços dos usuários de Internet brasileiros, com idades entre nove e 17 anos, já incorporaram ferramentas de inteligência artificial (IA) generativa em suas rotinas. A constatação é um dos destaques da 12ª edição da pesquisa TIC Kids Online Brasil 2025, lançada nesta quarta-feira pelo CGI.br e realizada pelo Cetic.br, departamento do NIC.br.
O levantamento, que pela primeira vez investigou o tema, aponta que 59% das crianças e dos adolescentes nessa faixa etária recorrem à tecnologia para realizar pesquisas escolares ou estudar. Outros usos incluem a procura por informações (42%), a criação de conteúdo, como textos e imagens (21%), e, até mesmo, conversas sobre problemas pessoais ou emoções (10%).
O uso da IA generativa cresce com a idade. Entre os adolescentes de 15 a 17 anos, a presença dessas ferramentas é significativamente maior do que entre crianças de 9 a 10 anos, variando de 68% para estudos (contra 37% dos mais novos) a 12% para conversas sobre questões pessoais (contra 4%).
"A inteligência artificial generativa está cada vez mais presente nas práticas digitais cotidianas. Diante desse cenário, incluímos um novo indicador à pesquisa para monitorar como crianças e adolescentes estão utilizando essas tecnologias. Com isso, buscamos gerar evidências que contribuam para a formulação de políticas e ações voltadas à sua proteção, ao bem-estar e desenvolvimento integral”, explica Alexandre Barbosa, gerente do Cetic.br.
Menos acesso à internet na escola após nova lei
A pesquisa também revela o impacto da sanção da Lei nº 15.100/2025, que restringe o uso de celulares nas escolas. A proporção de usuários de 9 a 17 anos que acessaram a Internet no ambiente escolar caiu de 51% em 2024 para 37% em 2025. O celular segue sendo o principal meio de acesso à Internet para 96% da população nessa faixa etária.
Atualmente, 92% das crianças e adolescentes brasileiros entre nove e 17 anos são usuários de Internet, totalizando 24,5 milhões de pessoas, uma proporção estável em relação à edição anterior.
WhatsApp, YouTube e Exposição a conteúdo mercadológico
O WhatsApp é a plataforma digital acessada com maior frequência ("várias vezes ao dia") por 53% dos usuários de 9 a 17 anos, seguido de perto por YouTube (48%), Instagram (48%) e TikTok (46%). Quase a totalidade (99%) dos jovens de 15 a 17 anos possui perfil em, ao menos, uma plataforma investigada.
Em relação a atividades multimídia, pela primeira vez a pesquisa investigou os tipos de vídeos mais assistidos: 46% relataram ter visto vídeos de influenciadores digitais várias vezes ao dia. Um novo alerta surge com a exposição a conteúdo mercadológico online: 53% dos usuários de 11 a 17 anos tiveram contato com vídeos de pessoas divulgando jogos de apostas. A exposição é maior entre os adolescentes de 15 a 17 anos (63%).
“Os dados revelam uma alta exposição de crianças e adolescentes à conteúdos mercadológicos online, que, muitas vezes, vem disfarçada de entretenimento. A percepção dos jovens sobre a personalização de anúncios acende um alerta sobre a necessidade de desenvolver a literacia midiática e de dados desde cedo.”, complementa Alexandre Barbosa.
Mediação e apoio mútuo familiar
No que diz respeito ao uso seguro da Internet, a pesquisa mostra um forte apoio mútuo nas famílias: 31% dos jovens afirmam ajudar seus pais ou responsáveis em atividades online, enquanto 44% dos pais/responsáveis conversam com as crianças e adolescentes sobre o que elas fazem na rede.
“A TIC Kids Online Brasil reafirma o compromisso do CGI.br em promover um ambiente digital mais seguro e inclusivo para crianças e adolescentes. A pesquisa ajuda a sociedade e o governo a compreender as novas dinâmicas do comportamento dos brasileiros de 9 a 17 anos e a subsidiar políticas públicas e ações educativas mais eficazes e alinhadas à realidade digital deles", conclui Renata Mielli, coordenadora do CGI.br.
de entretenimento. A percepção dos jovens sobre a personalização de anúncios acende um alerta sobre a necessidade de desenvolver a literacia midiática e de dados desde cedo.”, afirma Barbosa.
Mediação para o uso da Internet
Quando o assunto é o uso seguro da Internet, pais e responsáveis buscam orientação principalmente com as próprias crianças ou adolescentes (50%) e com familiares ou amigos (48%). A pesquisa
também revela um forte apoio mútuo: 31% dos jovens afirmam ajudar seus pais ou responsáveis em atividades online, enquanto 44% dos pais/responsáveis dizem conversar com as crianças e adolescentes sobre o que elas fazem na rede.
“A TIC Kids Online Brasil reafirma o compromisso do CGI.br em promover um ambiente digital mais seguro e inclusivo para crianças e adolescentes. A pesquisa ajuda a sociedade e o governo a
compreender as novas dinâmicas do comportamento dos brasileiros de 9 a 17 anos e a subsidiar políticas públicas e ações educativas mais eficazes e alinhadas à realidade digital deles", afirma Renata Mielli, coordenadora do CGI.br.