UFMA abre 1.000 vagas em especialização gratuita EaD em saúde digital

Especialização terá 540 horas e duração de 18 meses, totalmente online, com foco em tecnologia e gestão em saúde pública; inscrições vão até 2 de outubro

Sidney Gonçalves do Carmo, colaboração para a CNN
Sem aparecer os rostos, médico conversa com um paciente
A especialização em saúde digital terá início ainda em 2025  • mediaphotos/iStockphoto/Getty Images via CNN Newsource
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A UFMA (Universidade Federal do Maranhão) abriu inscrições para mil vagas para curso de especialização gratuita em saúde digital no SUS (Sistema Único de Saúde), oferecida na modalidade EaD (educação a distância). O curso, com duração de 18 meses, é destinado a profissionais com ensino superior, prioritariamente trabalhadores e gestores do sistema público de saúde, além de profissionais de tecnologia da informação.

As inscrições ficam abertas até 2 de outubro e devem ser feitas pelo sistema de seletivos da UFMA. O processo é gratuito e exige envio de documentos, como diploma de graduação e comprovação de vínculo com o SUS para quem disputa vagas destinadas a trabalhadores do sistema.

O curso é promovido pela UFMA em parceria com a Universidade Aberta do SUS (UNA-SUS) e a Secretaria de Informação e Saúde Digital do Ministério da Saúde (Seidigi). A especialização terá 540 horas de carga horária, divididas em 18 módulos, e exige a elaboração de um Trabalho de Conclusão de Curso (TCC).

A seleção prevê distribuição de vagas por macrorregiões do país e reserva para candidatos negros, indígenas, quilombolas, pessoas com deficiência, população trans e pessoas de baixa renda.

Em dez anos, o número de matrículas em cursos de EaD (educação a distância) de ensino superior aumentou 286,7% entre 2014 e 2024, segundos dados divulgados pelo Censo da Educação Superior de 2024, do MEC (Ministério da Educação), em 22 de setembro.

Quem pode se inscrever

De acordo com o edital, podem concorrer candidatos com diploma de ensino superior em qualquer área, emitido por instituição reconhecida pelo MEC (Ministério da Educação). A prioridade será para profissionais que atuam no SUS, como trabalhadores da saúde, gestores e profissionais de tecnologia da informação. Diplomas obtidos no exterior só serão aceitos se já tiverem sido revalidados no Brasil.

Saiba qual a documentação exigida:

  • Documento de identificação com foto (RG, CNH, Conselho Profissional) ou RNM (Registro Nacional Migratório);
  • CPF, caso não esteja anotado no documento de identificação com foto;
  • Cópia de diploma de conclusão de curso superior, frente e verso;
  • Diplomas expedidos por universidades estrangeiras só serão aceitos mediante comprovação de revalidação, por instituição de educação superior brasileira reconhecida pelo Ministério da Educação, nos termos do artigo 48 §§ 2º e 3º da Lei n.º 9.394, de 20 de dezembro de 1996;
  • Comprovante de atuação no serviço público de saúde, por meio de comprovante de vínculo institucional (Exercício Funcional) ou de declaração de comprovação de vínculo institucional assinada pelo gestor da instituição, ou chefia imediata do candidato.

Sobre o curso

A especialização em saúde digital no SUS terá início ainda em 2025, em formato totalmente a distância. O conteúdo será oferecido por meio do ambiente virtual de aprendizagem da UFMA, combinando atividades assíncronas e encontros online.

O curso está organizado em 18 componentes curriculares, distribuídos em três eixos formativos, e será concluído com a entrega e defesa de um Trabalho de Conclusão de Curso (TCC). O curso terá duração de 18 meses e carga horária de 540 horas.

De acordo com a Universidade Aberta do SUS, a saúde digital representa o uso de tecnologias da informação e comunicação para ampliar o acesso, a qualidade e a eficiência dos serviços de saúde. O modelo inclui telemedicina, gestão de dados e outras ferramentas digitais fundamentais para enfrentar os desafios da saúde pública e reduzir desigualdades regionais no acesso aos serviços de assistência.

Como será a seleção?

A seleção será feita em etapa única, a partir da análise documental dos candidatos. A classificação obedecerá ao ICSD (Índice de Critérios de Saúde Digital), que considera as diferentes macrorregiões de saúde do Brasil. Os detalhes estão disponíveis no edital, no tópico 3, que deve ser consultado pelos interessados.

Além da distribuição regional, o edital prevê cotas para negros (pretos e pardos), indígenas, quilombolas, pessoas com deficiência, população trans e pessoas de baixa renda. A relação final dos aprovados será divulgada em outubro no portal de seletivos da UFMA.