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    Com ausência de Nunes em debate, Boulos alfineta adversário e fala em incorporação de proposta de Marçal

    Era previsto para essa quinta-feira (10), o primeiro debate do segundo turno, promovido pela rádio CBN e os jornais O Globo e Valor Econômico, entre Ricardo Nunes (MDB) e Guilherme Boulos (PSOL), mas prefeito decide não comparecer

    Manoela Carluccida CNN , São Paulo

    Estava previsto para essa quinta-feira (10), o primeiro debate com os candidatos na disputa pelo segundo turno da Prefeitura de São Paulo.

    O confronto foi promovido pela rádio CBN e os jornais O Globo e Valor Econômico.

    No entanto, o candidato à reeleição pelo MDB, Ricardo Nunes, não compareceu, de forma que o encontro se tornou uma sabatina com Guilherme Boulos (PSOL).

    Desde o início da transmissão, Boulos frisou que “lamentava” a ausência de Nunes e alfinetou o concorrente ao dizer que ele “fugiu” do embate. 

    Ao longo da entrevista, que teve duração de uma hora, Boulos aproveitou para agradecer publicamente o apoio que recebeu da candidata derrotada no primeiro turno, Tabata Amaral (PSB).

    “Inclusive eu me comprometi e já fiz, incorporar três propostas dela no plano de governo, que nós vamos fazer a partir do dia primeiro de janeiro”, afirmou o deputado.

    Além disso, o candidato ainda prometeu a inclusão de uma proposta de Pablo Marçal. O projeto prevê mais esporte nas escolas.

    “Meu compromisso é com a cidade, para além de qualquer diferença ideológica”, completou.

    Após a sabatina, Boulos embarcou, por volta de 11h, no Aeroporto de Congonhas, para Brasília, onde terá reuniões e gravações para a campanha com o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que o apoia na disputa.

    “Nós queremos ajudar, agora a Prefeitura não tem condições de garantir isso sozinha. Por isso vou dialogar com o presidente Lula para discutir com ele o formato e os recursos. Aí logicamente isso vai depender do diálogo que nós vamos ter hoje à tarde”, disse em conversa com jornalistas depois do fim da entrevista.

    Dentre outros assuntos, Boulos foi muito questionado sobre a questão da ocupação de terras, uma vez que tem forte ligação com o Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST).

    Sobre este tema, o candidato afirmou que, se eleito, o governo dele e de Marta Suplicy (PT), vice na chapa, terá “o menor número de ocupações da história da cidade de São Paulo”.

    Perguntas para a cadeira vazia

    Ao longo de toda entrevista, a cadeira que seria de Ricardo Nunes, esteve vazia ao lado de Guilherme Boulos.

    Mesmo que o candidato do MDB não tenha comparecido ao debate, Boulos teve direito de dirigir a ele duas perguntas.

    Na primeira, citou suspeitas de uma infiltração do crime organizado na Prefeitura.

    “Eu fiz essa pergunta para ele no debate da TV Globo na semana passada e ele não respondeu… seria essa pergunta que eu faria para o Ricardo se ele estivesse aqui. Por que colocou o cunhado do Marcola para cuidar do dinheiro da Prefeitura?”

    A segunda pergunta foi sobre a relação do prefeito com o ex-presidente Jair Bolsonaro.

    “Quais candidatos o Bolsonaro vai indicar no governo de Nunes?”, indagou Boulos.

    Após a entrevista, a campanha de Ricardo Nunes soltou uma nota dizendo que o candidato do PSOL “responderá na Justiça Eleitoral e na comum por mais essa e por todas as graves acusações que fez hoje”.

    Além disso, a campanha justifica que o candidato à reeleição não compareceu ao programa por conta da quantidade de demandas por debate.

    “Os ouvintes da rádio CBN já serão atendidos pela retransmissão do debate da TV Globo, ao qual Ricardo Nunes deverá comparecer”, informa o comunicado.

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