“Tucanistão”: PSDB despenca no país, mas faz mais de metade dos prefeitos em MS
44 dos 79 municípios de Mato Grosso do Sul serão governados pelo partido
Em declínio país afora, o PSDB encontrou um novo reduto: Mato Grosso do Sul, onde o número de prefeitos da legenda passou de 37 para 44, o que tem levado o mundo da política a chamar o estado de “Tucanistão”.
No Brasil, como um todo, a quantidade de administrações municipais do PSDB foi reduzida quase à metade nestas eleições: passou de 515 para 269.
Em São Paulo, estado que o partido governou por 28 anos, o número de prefeitos caiu de 170 para 21. Na capital paulista, o apresentador José Luiz Datena teve menos de 2% dos votos e nenhum tucano se elegeu vereador.
A realidade nacional do PSDB, entretanto, passa despercebida em Mato Grosso do Sul. Importantes cidades – como Dourados, Ponta Porã e Três Lagoas – escolheram candidatos do partido no domingo (6).
O estado é governado pelo terceiro mandato seguido pelo PSDB – agora com Eduardo Riedel, que sucedeu Reinaldo Azambuja.
Os tucanos, porém, não conseguiram levar o deputado federal Beto Pereira para o segundo turno em Campo Grande.
Apesar da coligação de nove legendas, do engajamento de Riedel e do apoio do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), ele ficou em terceiro lugar. Adriane Lopes (PP) e Rose Modesto (União) vão disputar a rodada final.
Na cúpula do PSDB, uma das apostas é que o poder do partido no “Tucanistão” ajudará a filiar mais prefeitos ao longo do mandato 2025-2028. O estado tem 79 municípios.
40% dos eleitores não se identificam nem com direita nem com esquerda