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"Ângela Diniz: Assassinada e Condenada": relembre caso real de nova série

Nova produção sobre crime contra socialite estreia dois episódios no streaming nesta quinta-feira (13)

Nicoly Bastos, da CNN Brasil
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Quase meio século depois do crime que chocou o país, a história da socialite Ângela Diniz volta aos holofotes com a série “Ângela Diniz: Assassinada e Condenada”, produção que revisita um dos casos judiciais mais emblemáticos do Brasil. A obra é uma parceria do streaming HBO Max e da produtora de cinema Conspiração.

O assassinato de Ângela Diniz, pelo até então namorado Doca Street, tornou-se símbolo da luta contra a violência de gênero e da transformação da percepção pública sobre feminicídios no Brasil.

 

A nova série tem como base o podcast "Praia dos Ossos", da Rádio Novelo, e revisita a história de Ângela Diniz, uma mulher que, por sua liberdade e autonomia, desafiou os padrões impostos às mulheres e foi brutalmente punida por isso. Seu último relacionamento terminou em tragédia quando foi assassinada com quatro tiros à queima-roupa pelo namorado Doca Street.

Marjorie Estiano interpreta Ângela, enquanto Emilio Dantas é Doca Street.

Relembre o assassinato de Ângela Diniz

Ângela, conhecida pela independência e estilo de vida ousado para a época, foi morta com quatro tiros na casa de praia em Búzios (RJ), em 30 de dezembro de 1976.

Ela havia começado um relacionamento com Doca Street poucos meses antes de ser assassinada. Amigos de Ângela relatavam que o à época companheiro, tinha crise de ciúmes e a proibia de sair. O crime ocorreu após uma suposta discussão dos dois.

O crime ganhou grande repercussão e dividiu opiniões, principalmente após o julgamento de Doca Street.

Em sua primeira defesa, ele alegou "legítima defesa da honra", ou seja, que ele apenas havia reagido a uma suposta agressão à sua honra.

A tese da "legítima defesa da honra" foi declarada inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em 2023, pois viola os princípios da dignidade humana, da proteção à vida e da igualdade de gênero.

O réu foi condenado a apenas dois anos de prisão, pena que gerou revolta e inspirou movimentos feministas. A comoção nacional e a pressão popular levaram a um novo julgamento, em 1981, no qual Doca recebeu pena de 15 anos.

A série tem Antônio Fagundes no papel do advogado e ex-ministro do STF Evandro Lins Silva; Thiago Lacerda (Ibrahim Sued); Camila Márdila (Lulu Prado) e Yara de Novaes (Maria Diniz).

Complementam o elenco Thelmo Fernandes, Renata Gaspar, Tóia Ferraz, Carolina Ferman, Joaquim Lopes, Emílio de Mello, Marina Provenzzano, Maria Volpe, Gustavo Wabner, Ester Jablonski, Pedro Nercessian, Deco Almeida, Stepan Nercessian, Daniela Galli, Priscila Sztejnman, Tatsu Carvalho, Charles Fricks e Alli Willow. 

Além da direção de Waddington, a série foi escrita por Elena Soárez (“O Mecanismo”, “Casa de Areia”, “Filhos do Carnaval”), com produção executiva de Waddington, Lorena Bondarovsky e Renata Brandão.

Assista ao trailer de "Ângela Diniz: Assassinada e Condenada"

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