Bad Bunny fala em espanhol no "SNL" e manda recado aos críticos

Artista faz piada com Fox News e incentiva público a aprender espanhol, enquanto enfrenta reações conservadoras sobre sua participação no intervalo do Super Bowl

Sandra Gonzalez, da CNN
No "SNL", Bad Bunny zomba das reações negativas à sua apresentação no intervalo do Super Bowl  • NBC via CNN Newsource
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Bad Bunny, 31, o primeiro apresentador da nova temporada do "Saturday Night Live", nos Estados Unidos, tinha uma mensagem para todos: "Se você não entendeu o que eu acabei de dizer, tem quatro meses para aprender."

Durante seu monólogo, o músico não fugiu da polêmica gerada pelo anúncio recente de que seria a próxima atração do show do intervalo do Super Bowl. Na verdade, ele se divertiu com a situação, brincando: "Acho que todo mundo está feliz com isso – até a Fox News."

Em seguida, foi exibida uma montagem de clipes curtos com personalidades da Fox News que, em uma edição combinada, coletivamente diziam: "Bad Bunny é meu músico favorito, e ele deveria ser o próximo presidente."

Ele então se dirigiu ao público em espanhol, expressando sua empolgação em fazer o Super Bowl, acrescentando: "Sei que pessoas ao redor do mundo que amam minha música também estão felizes."

E continuou: "Mais do que uma conquista minha, é uma conquista de todos, provando que ninguém jamais poderá apagar ou tirar a marca e a contribuição dos latinos para este país [os Estados Unidos]."

Foi então que voltou a falar em inglês, incentivando aqueles que não entenderam suas palavras a aprenderem nas próximas semanas.

Bad Bunny acabou de concluir uma longa temporada de shows realizados exclusivamente em Porto Rico — ele fez uma "turnê em casa", como explicou à revista New York Magazine.

Sua série de apresentações trouxe centenas de milhões de dólares para Porto Rico, segundo estimativas de economistas.

Seu álbum de janeiro, "DeBÍ TiRAR MáS FOToS", o sexto álbum solo, está há 38 semanas na lista Billboard 200.

Apesar da imensa popularidade de Bad Bunny, alguns funcionários do governo americano e mídia conservadora tentaram transformar sua aparição no Super Bowl em uma guerra cultural, principalmente pelas declarações contra o ICE (Serviço de Imigração e Controle de Aduanas, em português).

Kristi Noem, secretária de Segurança Interna, prometeu que o ICE estará presente no Super Bowl e disse que "as pessoas não deveriam ir ao Super Bowl a menos que sejam americanos cumpridores da lei que amam este país."

Ela continuou com uma crítica à própria NFL: "Bem, eles são péssimos e nós venceremos, e Deus nos abençoará e permaneceremos de pé e orgulhosos de nós mesmos no final do dia, e eles não conseguirão dormir à noite porque não sabem no que acreditam."

"E eles são tão fracos, nós vamos resolver isso."

O presidente Donald Trump — que já foi apresentador do "Saturday Night Live" duas vezes antes de sua presidência — tem criticado o programa há anos. Questionamentos sobre se sua administração tentaria tomar medidas contra o programa de humor começaram a surgir após recentes ataques ao apresentador Jimmy Kimmel.

Essa especulação não impediu o "SNL" de trazer James Austin Johnson de volta ao papel de Trump na abertura da 51ª temporada, em uma esquete que também contou com Colin Jost, apresentador do "Weekend Update", interpretando o Secretário de Defesa Pete Hegseth.

"Estou aqui apenas vigiando o 'SNL', garantindo que eles não façam nada muito maldoso sobre mim, e é melhor eles tomarem cuidado porque eu conheço a TV noturna como a palma da minha mão", disse Johnson, como Trump, mostrando uma mão descolorida. Ele acrescentou ao final: "papai está de olho."

Na próxima semana no "SNL", a previsão é Amy Poehler e a atração musical Role Model. E então, em 18 de outubro, Sabrina Carpenter fará dupla função como apresentadora e atração musical.

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