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Caso Diddy: após réplica da promotoria, julgamento seguirá para o júri

Juiz lerá informações ao júri na segunda-feira (30), antes do início das deliberações

Alli Rosenbloom, da CNN
Julgamento de Sean "Diddy" Combs: argumentos finais já foram ouvidos pelo júri  • MEGA/GC Images
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A equipe de defesa do rapper Sean “Diddy” Combs concluiu suas alegações finais na tarde desta sexta-feira (27). Em seguida, a promotora Maurene Comey, apresentou uma réplica em nome do governo.

Na sequência, o juiz informou ao júri que lerá as instruções na segunda-feira (30), às 10h (horário de Brasília), antes do início das deliberações.

Confira o que a promotoria disse na réplica durante julgamento de P. Diddy

  • Culpabilização da vítima: Comey começou sua réplica dizendo que a defesa simplesmente gastou "muita energia tentando culpar as vítimas (de Combs) e o governo dos EUA por suas mentiras, ameaças e comportamento imperdoável". Ela acrescentou que este julgamento "foi sobre como, no mundo de Sean Combs, 'não' nunca foi uma opção".
  • "Trabalho sujo": Comey rebateu a sugestão da defesa de que a ex-chefe de gabinete Kristina Khorram não sabia dos crimes de Combs, afirmando que ela estava ciente de todos os detalhes da vida do magnata da música, incluindo o pagamento de propina, as drogas e as acompanhantes. Ela também argumentou que Combs precisava que seu círculo íntimo cuidasse do "trabalho sujo" para ele, como obter drogas e sequestrar Capricorn Clark.
  • Incentivos: Ventura e outras acusadoras de Combs — "Jane" e "Mia", que testemunharam sob pseudônimos — não tinham nenhum incentivo financeiro para depor, argumentou Comey. Ventura já havia conseguido milhões em acordos com Combs antes do julgamento. Comey disse que não faria sentido Jane depor por dinheiro, como a defesa insinuou, visto que ela não entrou com uma ação judicial. E ela disse que Mia fez um acordo com Combs anos atrás em mediação e não esperava receber mais dinheiro com seu depoimento.
  • Tráfico sexual: Comey disse que a equipe de defesa tentou separar a violência do sexo em relação à Ventura e Jane, mas "se parte do abuso for fazer seu parceiro participar de um ato sexual comercial, você é culpado de tráfico sexual". Ela acrescentou que o júri só precisa concluir que uma "Freak Off" ou "noite de hotel" foi tráfico sexual para considerar Combs culpado da acusação. O tráfico sexual não exige legalmente que o perpetrador supere um "não" da vítima, disse Comey, mas também pode envolver fazer alguém dizer "sim" por meios ilegais, como força, fraude e coerção.
  • "Não é um deus": Comey concluiu sua refutação dizendo que Combs nunca imaginou que as mulheres que ele abusou teriam coragem de falar sobre as coisas que ele fez a elas. Combs, disse ela, "não é um deus. Ele é uma pessoa. E neste tribunal, ele é igual perante a lei. Provas contundentes comprovam sua culpa. É hora de responsabilizá-lo. Declará-lo culpado".

Combs se declarou inocente das acusações que incluem conspiração para extorsão e tráfico sexual. Se condenado por todas as acusações, ele poderá pegar prisão perpétua. Confira o que a promotoria já havia mencionado na quinta-feira (26) e o que a defesa do rapper disse em seus argumentos finais. 

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InternacionalVer original 
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