Conheça Roberto Kovalick, que vai substituir César Tralli no "Jornal Hoje"

O jornalista Roberto Kovalick, 60, será o novo apresentador do "Jornal Hoje". A decisão foi anunciada nesta segunda-feira (1º), após William Bonner comunicar sua saída do "Jornal Nacional", que por sua vez, passará a ser apresentado por César Tralli, juntamente com Renata Vasconcellos.

Kovalick relembrou a sua relação histórica com o telejornal ao assumir a bancada do noticiário vespertino: “Vou ter a oportunidade de colaborar com o jornal usando tudo que aprendi ao longo da minha carreira de repórter, como correspondente durante 10 anos, e também como apresentador e editor-chefe do 'H1'".

O atual apresentador do "Hora 1", que está no cargo desde 2019, ainda mencionou que algumas de suas reportagens mais marcantes foram ao ar no "JH", como a primeira reportagem completa sobre o tsunami no Japão em 2011. "Foi um exemplo da essência do jornal: contamos a história que estava acontecendo”, citou em matéria da emissora.

Com a sua mudança, Tiago Scheuer passará a comandar o "Hora 1". Bonner permanecerá no "JN" até o dia 3 de novembro, antes de seguir em 2026 para o "Globo Repórter", para comandar a atração ao lado de Sandra Annenberg.

Quem é Roberto Kovalick?

Repórter da Globo desde 1990, Roberto Kovalick passou por Nova York, Tóquio, Londres e contabiliza inúmeras viagens e coberturas pelo mundo. Nascido em Santana do Livramento, no Rio Grande do Sul, ele se formou em jornalismo na Universidade Federal do Rio Grande do Sul em 1986 e, no mesmo ano, começou a estagiar na Rádio Gaúcha, em Porto Alegre.

Logo em seguida, foi trabalhar na RBS TV, afiliada da Globo, onde ficou três anos, antes de seguir na reportagem para o "Jornal Nacional", na editoria Rio. Ainda nos anos 1990, o comunicador fez parte do time de jornalistas da emissora convocados para a missão de explicar para a população as novidades do Plano Real, que seria implementado em fevereiro de 1994.

Ainda no Rio, se especializou em reportagens policiais e, no começo dos anos 2000, foi para Brasília, onde esteve presente em coberturas do Senado e das eleições de 2002.

Como correspondente internacional, ele realizou as mais diversas coberturas, como, por exemplo, a morte do general brasileiro Urano Bacellar, a destruição causada pelo furacão Katrina, a eleição de Barack Obama e a crise econômica dos Estados Unidos.

Já no Japão, ele viajou em 2009 para se tornar o primeiro correspondente da emissora no país e chegou a treinar profissionais locais para o modo brasileiro de fazer televisão, enquanto se adaptava aos hábitos brasileiros. Foi lá também que realizou uma das coberturas mais marcantes da sua trajetória: enviar informações sobre o terremoto e o tsunami que atingiram o Japão em 2011.

Nos anos seguintes, antes de voltar ao Brasil em 2016, Kovalick ainda passou por Londres, Ucrânia e França. Meses antes de assumir o "Hora 1", o jornalista ainda trabalhou intensamente na cobertura do rompimento da barragem da mineradora Vale em Brumadinho, na região metropolitana de Belo Horizonte.

Para se adequar ao jornal, que se inicia às 4h e se estende até às 6h, o apresentador ainda revelou à Globo que passou a seguir uma rotina elaborada com a ajuda de médicos e nutricionistas.

Segundo informações da emissora, Kovalick acorda às 23h, toma café às 23h30 e chega à TV às 00h. Ao sair da Globo às 7h, ele já almoça às 8h e janta ao meio-dia. Logo depois, ainda passa a usar óculos escuros para simular o entardecer e ir dormir às 15h.

Saída de William Bonner

Nesta segunda-feira (1º), data em que o "Jornal Nacional" completa 56 anos, William Bonner anunciou sua despedida da bancada do telejornal. Ele é o apresentador com maior tempo à frente do "JN", acumulando 29 anos no comando e 26 anos como editor-chefe. O objetivo é reduzir sua carga de trabalho para ter mais tempo com a família e projetos pessoais.

Na função de editor-chefe, Bonner será substituído por Cristiana Sousa Cruz, atual editora-chefe adjunta e parceira do jornalista há seis anos. Ela assume a liderança da equipe responsável pela produção do telejornal.