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    ‘Ler é mais importante que estudar’: Relembre frases marcantes de Ziraldo

    Velório do cartunista foi realizado no Rio de Janeiro neste domingo (07), na sede no Museu de Arte Moderna (MAM)

    Estadão Conteúdo , Bruno Accorsi, do Estadão Conteúdo

    Ícone dos quadrinhos brasileiros e criador do Menino Maluquinho, Ziraldo morreu na tarde do último sábado (06), aos 91 anos.

    O cartunista morreu durante o sono em sua casa no Rio de Janeiro. Ele estava com a saúde debilitada desde que sofreu um acidente vascular cerebral (AVC) em 2018.

    O velório de Ziraldo está sendo realizado neste domingo (07), na sede no Museu de Arte Moderna (MAM), na cidade do Rio de Janeiro, em cerimônia aberta ao público.

    O cartunista, desenhista e escritor deixou um amplo legado, que inclui frases geralmente espirituosas e reflexivas. O incentivo à leitura era um dos temas que mais gostava de abordar.

    Relembre frases marcantes Ziraldo:

    Ler é mais importante que estudar

    A frase foi dita em 2012, ao Estadão. “Ainda estamos lendo por dever – as crianças – e não por prazer. Temos de avisar aos professores: ninguém tem de tirar nota boa porque lê, ninguém tem de ser premiado porque lê. Ler já é o prêmio. Gostar de ler, a distinção”, disse o cartunista.

    O livro é o alimento da alma

    Ou também na versão: “Livro: gênero de primeira necessidade. Essas frases estão na lista de palavras utilizadas por Ziraldo para declarar seu amor aos livros.

    “O Menino Maluquinho é o moleque típico brasileiro, que tem liberdade, é ousado, inteligente, esperto. É o moleque que eu gostaria de ter sido”

    Foi assim que Ziraldo se referiu a sua mais famosa criação.

    Adulto vive tendo saudades da vida que passou. Criança tem saudades do futuro

    Sempre reflexivo em seus comentários relativos à passagem do tempo, Ziraldo escreveu esta frase em “O Pensamento Vivo do Menino Maluquinho”.

    Muito tempo depois de ter sido um “moleque”, falou sobre envelhecer. “Eu agora não busco mais nada não (risos). Eu sou velho, que coisa impressionante! É como ver o anúncio do Papai Noel e pensar: “Nossa, chegou o Natal!” Fazer 80 anos é assim: como a chegada do Natal, de repente. Fico me lembrando o tempo todo que tenho 80 anos, para eu não ficar ridículo”, afirmou, no aniversário de seus 80 anos, ao Estadão.

    Passar o riso em volta do tirano

    Essa é a função do cartunista, segundo Ziraldo. Ele disse essa frase ao relembrar dos tempos em que trabalhou no Pasquim, jornal satírico do qual foi fundador, e atuou como resistência política à ditadura militar brasileira (1964-1985).

    Sobre o Brasil, também afirmou: “Quem pensa que Deus é brasileiro pode estar certo: ele se mudou”.

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