Relembre a carreira de Arlindo Cruz, morto aos 66 anos

O cantor Arlindo Cruz morreu nesta sexta-feira (8), aos 66 anos. Ao longo de sua carreira, o sambista e compositor ficou conhecido por sua voz marcante e habilidade no banjo.

Ele lançou sua primeira música, “Lição de Malandragem” em 1980, mesmo período que entrou no grupo de samba Fundo de Quintal, onde se destacou como compositor e instrumentista, criando sucessos, muito conhecidos como “O Show Tem Que Continuar”.

O grupo surgiu a partir das rodas de samba do bloco carnavalesco Cacique de Ramos, em 1961, agremiação criada por Bira Presidente, que faleceu em junho de 2025, em decorrência de complicações de um câncer de próstata e do diagnóstico de Alzheimer.

Ainda no 1º ano de Cacique, Arlindo teve 12 canções gravadas por vários intérpretes. Com a saída de Jorge do Fundo de Quintal, Arlindo foi convidado para participar do grupo. Foram, então, 12 anos de trabalho, deixando o conjunto em 1993.

Por lá, a banda, que teve sua importância histórica reconhecida por seu papel na renovação do gênero, ele conheceu seu futuro parceiro Sombrinha, integrante da formação original da banda, com quem gravou vários discos e manteve parceria ao longo dos anos.

Após deixar o grupo, Arlindo seguiu carreira solo, lançando diversos álbuns e consolidando sua trajetória como um dos grandes nomes do samba e pagode.

Suas canções também viraram sucesso em interpretações de grandes artistas como Beth Carvalho, Zeca Pagodinho e Alcione.

Desde 2017, a voz de "Meu Lugar" estava longe dos palcos, lidando com as sequelas de um acidente vascular cerebral (AVC) hemorrágico. Além disso, ele também era portador de uma doença autoimune, em que era traqueostomizado e tem gastrostomia (GTT), ou seja, usa uma sonda alimentar.

A informação do falecimento foi confirmada pela CNN nesta sexta-feira (8). Arlindo Cruz estava com a saúde debilitada e nos últimos dias recebia cuidados da equipe médica e da família.