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    “Vale Tudo”: relembre a história da novela que ganhou remake

    Folhetim foi ao ar em 1987 e se tornou um clássico da teledramaturgia

    Fernanda Pinottida CNN

    “Vale Tudo” foi um dos grandes sucessos da televisão, exibida entre 1988 e 1989, escrita em colaboração entre Gilberto Braga, Aguinaldo Silva e Leonor Bassères, e agora ganhou um remake no horário das 21 horas, o mesmo da versão original.

    A trama atualmente é adaptada por Manuela Dias, responsável por “Amor de Mãe” (2019) e “Justiça 2” (2024) e tem direção artística de Paulo Silvestrini, o mesmo que trabalhou em “Vai na Fé” (2023).

    A primeira versão da história contou com grandes nomes da teledramaturgia, como Gloria Pires, Regina Duarte, Renata Sorrah, Antonio Fagundes, Beatriz Segall e Cássio Gabus Mendes.

    Aguinaldo Silva chegou a dar opinião em entrevista sobre quem seria a atriz ideal para interpretar a nova versão de Odete Roitman, a grande vilã da trama, mas a escolhida pelos autores foi Debora Bloch, que mostrou seu novo look de milionária nas redes sociais.

    Relembre a trama de “Vale Tudo”

    A trama principal da novela de 1987 se inicia com foco no antagonismo entre mãe e filha: a honesta Raquel Accioli (Regina Duarte, agora Taís Araujo) e a inescrupulosa Maria de Fátima (Gloria Pires, agora Bella Campos), respectivamente.

    A filha Maria tem horror à pobreza, e decide vender a única casa da família, no Paraná, e fugir com o dinheiro para o Rio de Janeiro, com o objetivo de enriquecer trabalhando como modelo. A mãe Raquel vai atrás da filha e passa a vender sanduíches na praia para ganhar a vida.

    Regina Duarte como Raquel Accioli e Gloria Pires como Maria de Fátima em “Vale Tudo” / Bazilio Calazans/Globo

    Na capital carioca, Raquel logo conhece o administrador de empresas Ivan Meirelles (Antonio Fagundes, agora Renato Goes), por quem se apaixona e com quem inicia um relacionamento.

    Atrás de dinheiro e incentivada pelo desonesto César (Carlos Alberto Riccelli, agora Cauã Reymond), Maria de Fátima decide seduzir o milionário Afonso Roitman (Cássio Gabus Mendes, agora Humberto Carrão), filho de Odete Roitman (Beatriz Segall, agora Debora Bloch).

    Diretora da companhia aérea TCA, rica e soberba, Odete Roitman tem o costume de manipular a vida dos filhos e, ao perceber as intenções de Maria, promete ajudá-la a casar com Afonso com a condição de que ela separe Raquel e Ivan. O plano da executiva é casar Ivan com sua filha Heleninha (Renata Sorrah, agora Paolla Oliveira).

    Maria de Fátima aceita a proposta e consegue fazer com que sua mãe deixe o administrador de empresas por acreditar que ele foi desonesto com ela. Ivan se casa com Heleninha e Maria com Afonso, conforme o plano das duas.

    No entanto, antes de Maria de Fátima conseguir acesso à fortuna do marido, Odete Roitman descobre de seu caso com César e a jovem fica sem nada. Ao buscar o apoio de Raquel, que a esta altura já conseguiu se reestabelecer financeiramente, a mãe nega ajuda à filha.

    Beatriz Segall como Odete Roitman em “Vale Tudo” (1988) / Bazilio Calazans/Globo

    Um dos momentos mais marcantes da trama ocorre quando Odete Roitman é assassinada nos últimos capítulos. A identidade não revelada de seu assassino levou à questão que tomou o Brasil durante a exibição da novela: quem matou Odete Roitman?

    A resposta foi uma surpresa para o público. Leila (Cassia Kis, agora Carolina Dieckmann), mulher do diretor da TCA, Marco Aurélio (Reginaldo Faria, agora Alexandre Nero), atira em Odete pensando se tratar de Maria de Fátima, com quem seu marido tinha um caso. Vale lembrar que Manuela Dias já deixou claro que, possivelmente, este não será o mesmo desfecho para a versão atual.

    Outra escolha inusitada do folhetim foi não punir os personagens de má índole: Maria de Fátima se casa com um nobre italiano e consegue a vida de riqueza que buscava; enquanto o diretor da companhia aérea, Marco Aurélio, aplica um golpe financeiro na empresa e foge do país ao lado de sua esposa, Leila.

    Enquanto Marco Aurélio está em um jatinho de saída do país, ele dá uma banana ao Brasil que fica para trás, uma cena que entrou para a história da teledramaturgia, refletindo temas que estavam em pauta no fim dos anos 1980: a corrupção e a desonestidade.

    *Com informações de Aline Oliveira, da CNN

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