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Transações entre Diddy e pai de Cassie podem validar denúncias de extorsão

Especialista jurídico aponta possível conduta ilegal

Maureen Chowdhury, da CNN*
P. Diddy e Cassie Ventura ficaram juntos entre 2007 e 2018  • Youtube/Vogue
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Extratos bancários revelando uma transação de US$ 20 mil (cerca de R$ 113 mil) do pai de Cassie Ventura, Rodrick Ventura, para Sean “Diddy” Combs mostrados durante o depoimento do ex-chefe financeiro da Combs Enterprises, Derek Ferguson, apontam para possível conduta ilegal, segundo a advogada Misty Marris, analista da CNN.

Durante o depoimento de Ferguson, na quarta-feira (3), o júri viu os extratos bancários de dezembro de 2011 da conta bancária de Combs referentes à sua casa em Alpine, Nova Jersey.

Os registros mostram que a conta transferiu US$ 20 mil para Casandra Ventura em 14 de dezembro e uma transferência eletrônica de Rodrick Ventura no valor de US$ 20 mil em 23 de dezembro. Os registros também mostram que o mesmo valor foi devolvido à conta do pai de Ventura em 27 de dezembro.

Marris diz que a conduta ilegal se torna aparente se você lembrar do depoimento anterior da mãe de Ventura, Regina Ventura, que falou sobre essa transação específica.

“Isso nos faz relembrar o depoimento da mãe de Cassie Ventura, em que Combs pediu US$ 20 mil em troca de não divulgar vídeos explícitos de Cassie. E que ela achava que o rapper a machucaria se não recebesse os US$ 20 mil. Então, temos uma transação comercial, por meio da empresa, que se vincula diretamente ao que seria considerado conduta ilegal”, observa Marris.

"Esse tipo de ligação se relaciona com o caso da promotoria, que afirma que os negócios de Combs são, na verdade, apenas fachada para essa atividade criminosa e extorsão, cometida em prol dele e de seus desejos", acrescenta a analista. "Estou vendo essa ligação começar a se concretizar."

No interrogatório, Ferguson confirmou que havia funcionários do departamento financeiro que analisavam os extratos do cartão de crédito corporativo para determinar quais cobranças eram despesas comerciais válidas e quais eram despesas pessoais. Ele testemunhou que não era função dele nem de Combs categorizar as despesas do cartão de crédito.

O advogado de defesa Marc Agnifilo perguntou a Ferguson como ele se sentia em relação a Combs. Após uma pausa de alguns segundos, Ferguson balançou a cabeça e disse: "Não sei como responder a isso". Veja destaques do 15º dia de julgamento de Diddy. 

*Com informações de Lauren del Valle, Nicki Brown, Eric Levenson e Kara Scannell, da CNN Internacional

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