
Bola de Ouro: relembre as polêmicas da premiação de 2024
Com direito a boicote do Real Madrid, premiação ficou marcada pela derrota do brasileiro Vinicius Jr para o meio-campista espanhol Rodri

A edição de 2024 da Bola de Ouro, principal prêmio individual do futebol mundial, ficou marcada por uma série de polêmicas.
A escolha de Rodri, volante do Manchester City e da seleção espanhola, como melhor jogador da temporada gerou controvérsias, especialmente pelo desempenho de Vinícius Júnior, considerado favorito por torcedores e parte da imprensa.
O Real Madrid decidiu não enviar representantes à cerimônia em Paris. Jogadores, comissão técnica e dirigentes ficaram de fora do evento em protesto contra os critérios da eleição. O clube alegou que Vinícius, campeão da Liga dos Campeões e da La Liga, deveria ter recebido o prêmio.
"Se os critérios do prêmio não proclamam Vinicius como vencedor, esses mesmos critérios deveriam proclamar Carvajal como vencedor. Como isso não ocorreu, é óbvio que o Ballon d'Or-UEFA não respeita o Real Madrid. E o Real Madrid não vai aonde não é respeitado", declarou o clube na época.
Do lado de fora do Théâtre du Châtelet, em Paris, torcedores brasileiros e espanhóis se manifestaram a favor do atacante. Eles exibiram faixas e entoaram cânticos pedindo o reconhecimento de Vinicius. O jogador, inclusive, havia vencido uma votação popular promovida pelo jornal francês L’Équipe, parceiro da premiação, com mais de 40% dos votos.
Na hora do anúncio do prêmio, antes de George Weah anunciar o vencedor, vários presentes começaram a gritar “Vini”.
Após a cerimônia, surgiram relatos de falhas no processo de escolha. Um jornalista integrante do júri admitiu ter cometido erro técnico ao registrar sua lista de votos, deixando Vinícius fora do top 10.
Além de várias postagens de atletas brasileiros, Cristiano Ronaldo foi um dos que se posicionaram publicamente. Para o português, a ausência de Vinícius no topo da premiação foi “injusta”.
A France Football, responsável pela Bola de Ouro, negou qualquer irregularidade. A revista destacou que nenhum clube ou jogador tem conhecimento prévio do vencedor e justificou a escolha de Rodri pelo desempenho constante durante a temporada, incluindo títulos pelo Manchester City e participação na conquista da Eurocopa com a Espanha.