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    Herói da Turquia na Eurocopa é investigado por gesto extremista em comemoração

    Zagueiro Merih Demiral teria feito gesto ligado a grupo considerado de ultradireita e até mesmo terrorista por alguns países

    Lucas Sanchesda Itatiaia

    Herói da Turquia na classificação para as quartas de final da Eurocopa, o zagueiro Merih Demiral é alvo de investigação na Uefa por suposto gesto extremista em comemoração após a vitória por 2 a 1 sobre a Áustria nessa terça-feira (2), nas oitavas de final. Demiral marcou os dois gols dos turcos no duelo.

    “Foi aberta uma investigação de acordo com o Artigo 31 (4) do Regulamento Disciplinar da Uefa em relação ao alegado comportamento inadequado do jogador da Federação Turca de Futebol, Merih Demiral”, anunciou a Uefa, entidade que rege o futebol europeu.

    O gesto foi feito na comemoração do segundo gol. O defensor fez um sinal com as duas mãos em referência ao grupo nacionalista turco ligado à organização Ulku Ocaklari, mais conhecido como Lobos Cinzentos.

    O grupo é considerado de ultradireita e até mesmo terrorista por alguns países. Há autoridades turcas que apontam ao grupo a responsabilidade de centenas de assassinatos na década de 70.

    Após a partida, Demiral disse que fez uma expressão inocente sobre seu orgulho nacional e que não houve “nenhuma mensagem escondida ou algo do tipo”.

    “Tem a ver com esta identidade turca, porque tenho muito orgulho de ser turco. E senti isso ao máximo depois do segundo gol. Então foi assim que acabei fazendo esse gesto. Estou muito feliz por ter feito isso”, disse o jogador.

    O gesto trouxe desconforto entre políticos de outros países. Na Alemanha, país-sede da Eurocopa, o ministro do interior, Nancy Faeser, cobrou uma punição ao jogador turco pelo gesto.

    “Os símbolos dos extremistas de direita turcos não têm lugar nos nossos estádios. Usar a Eurocopa como plataforma para o racismo é completamente inaceitável”, escreveu Faeser no X (antigo Twitter).

    Omer Celik, o porta-voz do partido do presidente turco Recep Tayyip Erdogan, disse, em resposta, que os comentários de Faeser e a investigação da Uefa são “inaceitáveis”.

    “Seria mais apropriado para aqueles que procuram o racismo e o fascismo concentrarem-se nos resultados eleitorais recentes em diferentes países europeus”, escreveu Celik também no X.


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