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    O que significam as braçadeiras de capitão da Copa do Mundo Feminina?

    Fifa disponibilizou oito modelos com mensagens para as capitãs utilizarem no Mundial

    Matt Fosterda CNN

    Enquanto Ali Riley e a Nova Zelândia conquistavam uma vitória surpreendente sobre a Noruega na partida de abertura da Copa do Mundo Feminina, a capitã da equipe neozelandesa pôde ser vista ostentando uma braçadeira branca e azul com as palavras “Unite for Inclusion” (“Unidos pela Inclusão”, em tradução livre do inglês).

    Steph Catley, que foi a capitã da Austrália na ausência da atacante Sam Kerr, lesionada, usava uma braçadeira de cor semelhante que dizia: “Unite for Indigenous People” (“Unidos pelos povos indígenas”), enquanto as Matildas lutavam para confirmar a vitória por 1 a 0 sobre a Irlanda, em Sydney.

    Essas frases representam duas das oito opções que as capitãs do Mundial podem escolher depois que as braçadeiras se tornaram um assunto polêmico na Copa do Mundo masculina de 2022.

    Quais são as oito braçadeiras da Copa do Mundo Feminina?

    Cada uma das oito braçadeiras carrega uma mensagem específica. A iniciativa faz parte da campanha “O Futebol Une o Mundo”, uma parceria da Fifa com várias agências da Organização das Nações Unidas (ONU) e a Organização Mundial da Saúde (OMS):

    • Unite for Inclusion (Unidos pela Inclusão): em parceria com a ONU Direitos Humanos
    • Unite for Indigenous Peoples (Unidos Pelos Povos Indígenas): em parceria com a UN Human Rights
    • Unite for Gender Equality (Unidos pela Igualdade de Gênero): em parceria com a ONU
    • Women Unite for Peace (Mulheres Unidas pela Paz): em parceria com o ACNUR, Agência da ONU para Refugiados
    • Unite for Education for All (Unidos pela Educação para Todos): em parceria com a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO)
    • Unite for Zero Hunger (Unidos pela Fome Zero): em parceria com o Programa Mundial de Alimentos da ONU
    • Unite for End Violence Against Women (Unidos pelo Fim da Violência Contra a Mulher): em parceria com a ONU Mulheres
    • Football is Joy, Peace, Love & Passion (Futebol é Alegria, Paz, Amor e Paixão): em parceria com a OMS

    Por que a FIFA ameaçou punir as braçadeiras em 2022?

    Durante a Copa do Mundo masculina do ano passado, no Catar, vários capitães europeus abriram mão de usar uma braçadeira que trazia um coração sobre listras coloridas como parte da campanha “OneLove”.

    As equipes envolvidas, que incluíam Inglaterra, Holanda e Alemanha, disseram em comunicado que a Fifa ameaçou puni-las – com cartões amarelos, por exemplo – por qualquer “violação das regras do uniforme”.

    A ideia de usar a braçadeira pretendia representar uma posição contra todas as formas de discriminação, incluindo a solidariedade com pessoas de diferentes gêneros e orientações sexuais.

    Como foram escolhidos os temas das braçadeiras?

    Para escolher os temas, um comunicado no site da Fifa descreve a campanha “O Futebol Une o Mundo” como um “movimento global para inspirar, unir e desenvolver por meio do futebol”.

    A Fifa disse que selecionou causas específicas após “extensa consulta com jogadores e times participantes” para “aumentar a conscientização sobre várias questões sociais importantes”.

    Em uma declaração de 30 de junho, quando as braçadeiras foram anunciadas, o presidente da Fifa, Gianni Infantino, disse: “O futebol une o mundo e nossos eventos globais, como a Copa do Mundo Feminina, têm um poder único de unir as pessoas e proporcionar alegria, emoção e paixão. Mas o futebol faz ainda mais do que isso – pode destacar causas muito importantes em nossa sociedade”.

    Qual tem sido a reação às braçadeiras?

    Várias equipes abraçaram as causas destacadas pelas braçadeiras. A capitã da Inglaterra, Millie Bright, disse que planeja usar três braçadeiras diferentes para cada uma das partidas de sua equipe na fase de grupos.

    “Como grupo, nos importamos fortemente com todas as causas e não conseguimos separar uma da outra”, disse Bright, de acordo com a Reuters.

    “Sabemos o que defendemos, no que acreditamos e também sabemos as mudanças que queremos fazer. Portanto, independentemente de uma braçadeira, gostaríamos de pensar que nossas ações e nossos valores representam tudo em que acreditamos e defendemos”.

    Sarah Gregorius, representante do sindicato de jogadores globais FIFPro, também apoia a ideia.

    “Você tem jogadoras que podem sentir algo individualmente, mas sabem que, por causa de seu contexto cultural, essa será uma postura particularmente perigosa de se assumir, por isso é difícil dizer: ‘Esta é a posição de todas as 32 capitãs de todas as 32 seleções'”, disse Gregorius à Reuters.

    Outras formas de expressão na Copa

    Embora as jogadoras não tenham podido usar braçadeiras com as cores do orgulho LGBTQIA+, isso não as impediu de encontrar outras formas criativas de se expressar sobre questões sociais.

    As unhas pintadas da neozelandesa Riley eram visíveis quando ela foi entrevistada após a partida — uma mão exibindo as cores da bandeira do arco-íris, a outra exibindo as cores da bandeira trans — em uma aparente demonstração de apoio à comunidade LGBTQ+.

    Antes do torneio e do anúncio da Fifa, Riley disse a Amanda Davies, da CNN Sports, que “ficaria honrada em usar uma braçadeira de arco-íris”.

    “Eu adoraria que nós, como capitãs, nos reuníssemos e trabalhássemos com a Fifa para garantir que possamos ter voz e compartilhar o que acreditamos.”

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