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Tribunal irlandês rejeita recurso de Conor McGregor em caso de estupro

Justiça confirma condenação civil de lenda do UFC por estupro e rejeita todos os argumentos da defesa em recurso apresentado pelo ex-lutador

Reuters, Gabriel Teles, da CNN
Conor McGregor
Conor McGregor  • Foto: John Locher/AP
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O lutador de artes marciais mistas Conor McGregor teve rejeitada, nesta quinta-feira (31), sua tentativa de anular a decisão de um júri que o obrigava a indenizar uma mulher que o acusou de estupro. A Corte de Apelação da Irlanda rejeitou o recurso em sua totalidade.

A autora do processo, Nikita Hand, alegou que McGregor a agrediu sexualmente em 9 de dezembro de 2018. No ano passado, um júri determinou que o ex-lutador pagasse a ela quase 250 mil euros (equivalente a R$ 1,6 milhão) em indenização.

McGregor, de 36 anos, negou a acusação e afirmou que teve "relação totalmente consensual" com Hand. Ele também negou ter causado os hematomas constatados na vítima.

Durante a apelação, ouvida no início deste mês, os advogados de McGregor argumentaram que o juiz havia errado ao instruir o júri a decidir se ele “agrediu”, em vez de “agrediu sexualmente” a vítima.

O juiz Brian O’Moore afirmou, nesta quinta-feira, que a Corte de Apelação não teve dúvidas de que o efeito geral das instruções do juiz do julgamento foi indicar claramente ao júri que a acusação central feita por Hand contra McGregor era de estupro.

A defesa também alegou que o juiz não deveria ter permitido que, durante o contra-interrogatório, fossem mencionadas as respostas de McGregor — ou a ausência delas — na entrevista policial, quando ele se limitou a dizer "sem comentários". Esse argumento também foi rejeitado.

Após a decisão, Nikita Hand abraçou diversas pessoas ao seu redor dentro do tribunal.

“A todos os sobreviventes por aí, eu sei o quanto é difícil, mas por favor, não se calem... Vocês merecem ser ouvidos, e também merecem justiça. Hoje, finalmente posso tentar seguir em frente e começar a me curar”, disse Hand em um pronunciamento do lado de fora do tribunal.

Hand relatou à Suprema Corte, em novembro, que ela e uma amiga entraram em contato com McGregor — a quem já conhecia — após uma festa de fim de ano do trabalho. Ela afirmou que McGregor as levou até uma festa em uma cobertura de hotel em Dublin, onde houve consumo de álcool e drogas.

Segundo o depoimento, McGregor, que não esteve presente no tribunal nesta quinta, a conduziu até um quarto na cobertura e a agrediu sexualmente.

O advogado de Hand disse ao júri que, ao ser encaminhada a uma unidade de atendimento a vítimas de agressão sexual no dia seguinte ao suposto ataque, o médico responsável ficou tão preocupado com o estado dela que ordenou o registro fotográfico das lesões.

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