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    Após polêmica em Paris, boxeadora argelina desafia Trump por ouro em 2028

    Imane Khelif, campeã em 2024 em meio a uma disputa de elegibilidade de gênero, diz que presidente doa EUA não vai intimidá-la

    Shifa Jahanda Reuters

    Imane Khelif, que ganhou o ouro no boxe na Olimpíada de Paris em meio a uma disputa de elegibilidade de gênero, está determinada a defender seu título nos Jogos de Los Angeles de 2028 e diz que não será intimidada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

    Trump assinou uma ordem executiva proibindo mulheres transgênero nos esportes femininos nos Estados Unidos e chamou Khelif de “boxeador masculino” em seu discurso após assinar a ordem.

    “Vou lhe dar uma resposta direta, não sou transgênero”, ela disse à ITV em uma entrevista.

    “Isso não me preocupa e não me intimida.”

    O conselho executivo do Comitê Olímpico Internacional recomendou a inclusão do boxe nos Jogos de 2028 na segunda-feira (17) e Khelif disse que sonhava em manter seu título na Califórnia.

    “Segunda medalha de ouro, é claro. Na América, Los Angeles… Eu [irei] defender com tudo esta medalha de ouro”, disse ela.

    “Acredito que se a antiga Imane operasse com 50% de seu potencial, então a Imane Khalif de hoje estaria ainda mais motivada e determinada.”

    Khelif foi desqualificada pela Associação Internacional de Boxe no campeonato mundial de 2023 após um teste que, segundo o órgão, tornou-a inelegível para lutar como mulher por questões de gênero.

    A IBA perdeu seu reconhecimento olímpico por questões de governança, no entanto, e o Comitê Olímpico Internacional liberou Khelif para competir em Paris, defendendo agressivamente sua posição após fortes críticas.

    Um órgão rival da IBA, a World Boxing, recebeu reconhecimento provisório como o órgão internacional que rege o esporte no mês passado.

    A recomendação ainda requer aprovação final do COI em sua sessão na Grécia e o presidente Thomas Bach disse estar confiante de que a sessão a aprovaria.

    “Neste ponto, posso dizer que a IBA é uma coisa do passado”, disse Khelif. “Como dizemos na Argélia, aqueles que não têm nada a esconder não devem ter medo.”

    O debate sobre a inclusão de atletas transgênero e atletas com Diferenças de Desenvolvimento Sexual (DSD) no esporte feminino tem sido uma questão-chave na corrida presidencial do COI, com as eleições marcadas para esta quinta-feira (20).

    “Espero que o próximo presidente do COI lidere com verdadeiro espírito esportivo, permaneça comprometido com os princípios olímpicos e defenda os valores do jogo limpo”, disse Khelif.

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