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    Medalha de prata, Rebeca diz ter orgulho de Simone Biles: ‘Atleta não é robô’

    Pódio no individual geral da ginástica artística, brasileira diz que decisão da norte-americana foi "sábia"

    Colaboração para a CNN

    A brasileira Rebeca Andrade parabenizou, nesta quinta-feira (29), a postura da colega Simone Biles, que desistiu de competir na final do individual geral da ginástica artística nas Olimpíadas de 2020. Segundo a atleta norte-americana e a Federação de Ginástica dos Estados Unidos, ela tomou a decisão para cuidar de sua saúde mental. 

    Ainda com a medalha de prata no peito, que conquistou justamente nesta prova, Rebeca conversou com a imprensa brasileira em Tóquio nesta quinta e afirmou que a decisão da norte-americana foi “sábia”.

    Ao Bandsports, Rebeca disse que Simone, favorita ao ouro em várias provas nas Olimpíadas 2020, recebia “muita pressão” e, ao mesmo tempo, se cobrava demais. “Na cabeça dela, ela tinha a sensação de que não podia errar”, declarou a brasileira.

    Mas as pessoas têm que entender que nós não somos robôs, somos seres humanos, e têm que respeitar esse lado também. Estou muito orgulhosa dessa atitude dela, de pensar primeiro nela em vez de qualquer outra pessoa. É você em primeiro lugar. Para você brilhar, você precisa pensar em você.

    Rebeca Andrade

    “Eu comecei o meu processo com a minha psicóloga e comecei a pensar nisso. Porque eu sou importante, eu preciso pensar em mim. Quando eu estou dentro do aparelho, eu só penso naquele aparelho”, completou. 

    Pouco antes, ao conversar com a TV Globo, a brasileira deu outro discurso em apoio à norte-americana. “O fato de ela ter saído não foi nada negativo. A decisão foi a mais sábia que ela poderia ter tomado para ela”, afirmou. 

    “Eu sempre admirei o psicológico dela [Simone]. Todo mundo sabe que ela tem todo o talento. Ela é incrível, mas a pressão era constante, e ela acabava se cobrando muito também”, disse, ainda em entrevista à Globo “Não se brinca com a cabeça.”

    A brasileira também disse que conseguiu se manter calma, mesmo sob pressão, justamente por ter focado na questão psicológica durante seu treinamento.

    “É um processo. Estou trabalhando há anos com a minha psicóloga para chegar a esse momento, e foi muito importante pra mim. Se eu não chegasse com a cabeça que eu tenho hoje, esse resultado não teria acontecido. Sou grata a ela”, disse, ao Bandsports, em referência a sua psicóloga.

    Feliz sem depender de medalha

    Nas entrevistas, Rebeca agradeceu bastante a amigos, colegas e treinadores na ginástica, além de exaltar sua própria história, que disse ter sido um processo de superação. 

    “Eu me vejo como uma pessoa forte”, declarou, ao Bandsports. “Não cheguei aqui sozinha. Tive muita ajuda das pessoas e muita ajuda de Deus, no lado espiritual.”

    À Globo, ela afirmou que garantiu um lugar na história mesmo se não tivesse conseguido uma medalha – “justamente por causa do meu processo, da minha trajetória” -, e encorajou os jovens ginastas a continuarem treinando. “A gente sempre vai ter dificuldade. Tem que ser forte para passar por cima.”

    Ela também não quis atrelar a sua própria felicidade à chance de subir ao pódio novamente – Rebeca ainda participará das finais no salto e no solo, nos dias 1º e 2 de agosto.

    que eu estou feliz demais. E se não vier, estou feliz também”]

    ”Rebeca

     

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