Líderes de torcidas organizadas do Rio de Janeiro estão foragidos
Justiça pediu a prisão dos líderes depois de uma briga que deixou um torcedor morto no dia 5 de março antes de partida entre Flamengo e Vasco
No Rio de Janeiro, os chefes das torcidas organizadas Young Flu, Força Jovem Vasco, Torcida Jovem do Flamengo e Raça Rubro Negra estão foragidos da Justiça. A prisão deles foi determinada na segunda-feira (13) pela juíza Ana Beatriz Estrella, em Plantão Judiciário.
A decisão atendeu a uma representação do sábado (11), da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI), que instaurou inquérito para apurar a prática de organização criminosa, lesão corporal, dano ao patrimônio público e privado e demais crimes do Estatuto do Torcedor, em atos violentos ocorridos no dia 5 de março nas ruas ao redor do Maracanã, antes do início do jogo entre Flamengo e Vasco, pelo Campeonato Carioca.
Segundo o Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), eles vão responder pelos crimes de organização criminosa, lesão corporal grave e tentativa de homicídio. O delegado titular da DRCI, Pablo Sartori, disse à “Agência Brasil” que os chefes das torcidas são considerados foragidos.
Na decisão, a juíza considerou que estavam presentes todos requisitos necessários para embasar a custódia cautelar dos indiciados, conforme o que já foi apurado.
“A gravidade dos crimes praticados, os bens jurídicos violados e o desvalor das condutas supostamente perpetradas pelos indiciados conduzem à adoção de enérgicas providências por parte do Poder Judiciário, devendo ser ressaltado que a liberdade dos representados pode obstaculizar a colheita de provas e, ainda, colocar em risco a vida ou a integridade física das testemunhas”, diz a juíza na decisão.
Na terça-feira (14), cumprindo ordem judicial, agentes da Polícia Civil do Rio de Janeiro interditaram as sedes das quatro torcidas. Segundo o delegado, não há prazo para suspender a interdição.
O delegado Pablo Sartori disse que as investigações estão em andamento e continuam os depoimentos na DRCI, que já identificou e intimou cerca de 100 pessoas com algum envolvimento na briga.