Meia da Holanda sugere protesto da seleção na Copa e cita Alemanha como exemplo
Klaassen chamou protesto da Alemanha em solidariedade à comunidade LGBTQIA+ de "expressão legal" e disse que Holanda pensa em maniestação do grupo


O meia holandês Davy Klaassen elogiou o protesto da seleção da Alemanha em solidariedade à comunidade LGBTQIA+ e sugeriu que a Holanda também pode realizar alguma manifestação em algum jogo da Copa do Mundo no Catar.
“Eu acho que foi uma expressão legal da Alemanha“, disse Klaassen em entrevista coletiva no centro de treinamento da Holanda no Catar, horas depois do protesto dos alemães.
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Cerimônia de abertura da Copa do Mundo do Catar. Artistas dançam antes da partida entre Catar e Equador. • Robert Michael/picture Alliance via Getty Images
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Ator Morgan Freeman conduz a cerimônia de abertura da Copa do Mundo do Catar. • Simon Stacpoole/Offside/Offside via Getty Images
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Visão geral da cerimônia de abertura da Copa do Mundo do Catar, com dançarinos em campo ao redor do logo do Mundial. • Robbie Jay Barratt - AMA/Getty Images
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Cantor Jungkook, do grupo de k-pop BTS, e o cantor catari Fahal Al Kubaisi, na cerimônia de abertura da Copa do Mundo. • Michael Regan - FIFA/FIFA via Getty Images
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Artistas dançam durante cerimônia de abertura da Copa do Mundo do Catar.
Os jogadores da equipe titular da Alemanha cobriram suas bocas durante a foto da equipe antes da partida pelo grupo E contra o Japão, nesta quarta-feira (23), em protesto pelas possíveis sanções que a Federação Internacional de Futebol (Fifa) pode aplicar por conta do eventual uso da braçadeira “OneLove”.
Todos os jogadores alemães participaram do gesto diante de dezenas de fotógrafos em campo antes do início da partida, após a entidade que comanda o futebol mundial ameaçar sete seleções europeias com sanções caso utilizassem a braçadeira que simboliza diversidade e tolerância.
“Também estávamos pensando em fazer uma manifestação como grupo”, acrescentou Klaassen. “Precisa ser feito de uma forma boa e cativante. A Alemanha encontrou uma maneira original para expressar o ponto de vista deles”, afirmou.
Uma nota da Federação Alemã de Futebol (DFB) afirmou que os jogadores queriam usar a braçadeira “para defender os valores” da seleção: “diversidade e respeito mútuo”. “Junto com outras nações, queríamos que nossa voz fosse ouvida”, disse a entidade.
“Não se tratava de fazer uma declaração política — os direitos humanos não são negociáveis. Isso deveria ser garantido, mas ainda não é o caso. É por isso que esta mensagem é tão importante para nós. Negar o uso da braçadeira é o mesmo que negar que tenhamos uma voz. Mantemos nossa posição”, finalizou a DFB.
No Catar, a homossexualidade é ilegal.