
Recordista mundial da maratona é suspensa por teste positivo de doping
Ruth Chepngetich, primeira mulher a correr maratona abaixo de 2h10, testou positivo para substância proibida e enfrenta suspensão provisória

Ruth Chepngetich, recordista mundial da maratona feminina, foi suspensa provisoriamente após testar positivo para uma substância proibida. O anúncio foi feito nesta quinta-feira (17) pela Unidade de Integridade do Atletismo (AIU).
Chepngetich quebrou o recorde anterior da maratona por quase dois minutos quando correu no tempo de 2h09:56 na Maratona de Chicago, em outubro de 2024, tornando-se a primeira mulher na história a quebrar a barreira das 2h10.
De acordo com o comunicado da AIU, a atleta de 30 anos testou positivo para Hidroclorotiazida, um diurético usado clinicamente para tratar retenção de líquidos e hipertensão, em uma amostra coletada em 14 de março, que foi então reportada à organização em 3 de abril.
Quaisquer níveis de Hidroclorotiazida abaixo de 20 ng/mL na urina são reportados como negativos. A amostra de Chepngetich apresentou uma concentração estimada de 3.800 ng/mL, informou a AIU.
A Hidroclorotiazida é proibida em todos os momentos sob o código da Agência Mundial Antidoping e considerada uma "Substância Específica", que acarreta uma sanção padrão de dois anos.
No comunicado, o diretor da AIU, Brett Clothier, disse que a organização notificou Chepngetich pessoalmente em 16 de abril e "atendeu às solicitações relacionadas à nossa investigação".
Clothier acrescentou: "Chepngetich não foi suspensa provisoriamente pela AIU no momento da notificação, no entanto, em 19 de abril, ela optou por uma suspensão provisória voluntária enquanto a investigação da AIU estava em andamento".
"Nos meses seguintes, a AIU continuou sua investigação e (quinta-feira) emitiu uma Notificação de Acusação e impôs sua própria suspensão provisória".
De acordo com os regulamentos mundiais antidoping, uma suspensão provisória da AIU não é obrigatória quando há um teste positivo para diuréticos, que podem ser usados para mascarar a presença de outras substâncias proibidas na urina.
"Chepngetich tem o direito de ter seu caso ouvido perante um Tribunal Disciplinar e a AIU não fará mais comentários até que este assunto seja concluído", finalizou o comunicado.
Chepngetich é tricampeã da Maratona de Chicago e conquistou o ouro no Campeonato Mundial de Atletismo em 2019.


