Técnico campeão do mundo com a Espanha será investigado sobre escândalo do beijo
Jorge Vilda, demitido do comando da equipe, terá que depor perante o Tribunal Nacional da Espanha
O ex-técnico da seleção feminina da Espanha, Jorge Vilda, o diretor da seleção Albert Luque e o diretor de marketing da Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF), Rubén Rivera, foram intimados a testemunhar como suspeitos no caso contra o ex-presidente da federação, Luis Rubiales, anunciou o Tribunal Nacional da Espanha nesta quarta-feira (27).
Rubiales está sob investigação por “crimes de agressão sexual e coerção”, com o caso sendo apresentado por promotores espanhóis após dar um beijo forçado em Jennifer Hermoso, após o triunfo da Espanha na final da Copa do Mundo Feminina, em agosto. Luque e Rivera foram citados anteriormente apenas como testemunhas no caso.
“O juiz do Tribunal Nacional, Francisco de Jorge, convocou o ex-técnico da seleção feminina, Jorge Vilda, e o diretor da seleção masculina, Albert Luque, e o diretor de marketing da RFEF, Rubén Rivera, para testemunharem como suspeitos no caso em 10 de outubro”, disse o tribunal em um comunicado.
“O juiz decidiu mudar a situação de Luque e Rivera de testemunhas para suspeitos.”
A CNN entrou em contato com a federação e Vilda para comentar a notícia, mas não recebeu resposta imediata.
Patricia Pérez, assessora de imprensa da seleção feminina, e Miguel García Caba, ex-diretor de integridade da federação, devem testemunhar nesta quinta-feira (28), segundo o tribunal. Caba foi demitido do cargo na sexta-feira (22), mas a federação não informou o motivo de sua demissão.
Em 15 de setembro, Rubiales compareceu ao tribunal para testemunhar depois de ser convocado para contribuir com a investigação sobre possíveis acusações de agressão sexual e coerção contra ele.
O Ministério Público espanhol disse que Rubiales respondeu às perguntas do juiz e de todas as partes e negou as acusações. Mais tarde naquele dia, o juiz deu a Rubiales uma ordem de restrição para não se aproximar de Hermoso a menos de 200 metros, nem se comunicar com ela durante a investigação do tribunal.
A nomeação de Vilda e dos outros como suspeitos ocorre no momento em que a seleção feminina da Espanha tenta superar o incidente que prejudicou as comemorações da Copa do Mundo. A seleção venceu as duas partidas da Nations League desde o torneio, derrotando Suécia e Suíça na semana passada.
Porém, apesar de terem sido convocados para a seleção nacional, muitos jogadores se recusaram a participar até que mudanças estruturais fossem feitas pela entidade. Após conversas sobre a crise envolvendo a federação e o governo espanhol, 21 das 23 jogadoras convocadas concordaram em disputar os jogos, depois de a federação ter se comprometido a fazer alterações imediatas na sua estrutura.
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Em 2023, tivemos uma campeã inédita. Em sua terceira participação em Copas, a Espanha superou a Inglaterra no Estádio Olímpico de Sydney, em vitória por 1 a 0. • Will Murray/Getty Images
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Os Estados Unidos, liderados por Megan Rapinoe, conquistaram o título em 2019, o quarto do país na história dos Mundiais. As norte-americanas superaram a Holanda na decisão do torneio, disputado na França • Fifa/Divulgação
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Em 2015, a seleção dos Estados Unidos interrompeu 16 anos de jejum e conquistou a taça ao bater o Japão na final, por 5 a 2, no Canadá • US Soccer/Divulgação
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No Mundial de 2011, disputado na Alemanha, o Japão se consagrou campeão ao vencer os Estados Unidos na final, nos pênaltis. É até hoje o único título de uma seleção asiática nas Copas do Mundo, sejam masculinas ou femininas • Fifa/Divulgação
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Na Copa do Mundo de 2003, a Alemanha conquistou o seu primeiro título mundial. A competição, organizada nos Estados Unidos, viu as alemãs vencerem as suecas na decisão • Fifa/Divulgação
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Em 1999, na primeira Copa organizada nos Estados Unidos, as norte-americanas levantaram a taça diante da sua torcida. Na final, bateram a China, nos pênaltis, para conquistar seu segundo título • Fifa/Divulgação
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