OPINIÃO
A força do agro paulista


O ano de 2024 foi bastante desafiador para o agronegócio paulista e brasileiro. A série de eventos climáticos extremos que castigou diferentes regiões do país resultou em quebra de safra, dificuldades logísticas e perda de competitividade.
Em São Paulo, para ajudar os homens e mulheres do campo a enfrentar essas adversidades, o governador Tarcísio de Freitas autorizou, apenas em 2024, a liberação R$ 290 milhões em recursos do Fundo de Expansão do Agronegócio Paulista (FEAP), o maior aporte da história do programa. Considerando os dois primeiros anos da atual gestão, já são quase meio bilhão de reais em crédito para o setor.
Aqui, agricultores e pecuaristas têm apoio para seguir inovando em suas áreas e ampliar cada vez mais a produção. Prova disso é que São Paulo foi o estado que mais exportou itens do agronegócio no Brasil em 2024.
Até novembro, 18,6% das exportações de produtos agropecuários saíram de São Paulo. Ou seja: 1 a cada 5 produtos que saem do país para o mercado externo foram produzidos em São Paulo. Atualmente, mais de 43% das vendas do estado ao exterior são do agro, o que nos posiciona à frente do Mato Grosso e do Paraná nas exportações.
Nossas ações também miram o futuro e pavimentam o caminho da transição energética. Em São Paulo, o meio ambiente e a produção caminham juntos para viabilizar fontes de energia renovável. Agilizamos as licenças ambientais para a produção de biometano e biogás a partir da agroindústria canavieira, da pecuária, da avicultura e da suinocultura, com resoluções que dão suporte à instalação de unidades biodigestoras e à comercialização do excedente.
O Governo também prorrogou benefícios fiscais dos produtos agropecuários, bem como a isenção de IPVA para carros, ônibus e caminhões de energia limpa. São passos históricos para a transformação energética de nosso estado e do Brasil, que demonstram como estamos trabalhando para servir o produtor rural.
Ao mesmo tempo, o Governo de São Paulo continua a ser o único a implementar o Código Florestal, alcançando a marca de 100 mil propriedades validadas com 25% do território paulista preservado. Temos como meta, até 2026, regularizar 100% das propriedades. Aqui, produção e proteção ao meio ambiente não são antagônicas e sim complementares.
A preservação é uma das prioridades, por isso avançamos no Pagamento por Serviços Ambientais (PSA) e na recuperação de pastagens degradadas, por meio da nossa Cati (Coordenadoria de Assistência Técnica Integral).
Em dezembro, em parceria com a agência Desenvolve SP, lançamos o Programa Irriga+SP, com créditos no total de R$ 200 milhões destinados à segurança hídrica e ao aumento da produtividade. Também fomos pioneiros com a criação do primeiro Fiagro (Fundo de Investimento em Cadeias Agroindustriais) estadual no país. O FiagroSP teve o primeiro aporte de R$ 50 milhões, de um montante que somará meio bilhão de reais. Esta quantia inicial foi destinada para o desenvolvimento nas áreas de logística, agricultura de precisão e armazenagem.
Investimentos e sustentabilidade no campo têm de ser acompanhados por segurança jurídica. A Lei Paz no Campo está sendo implementada e já regularizou mais de 150 mil hectares de terra, entregando títulos de propriedade para agricultores, principalmente no Pontal do Paranapanema, área de conflitos agrários no passado. Isso ficou para trás. Hoje, a última fronteira agrícola de nosso estado vive um boom econômico com a instalação de cooperativas e agroindústrias.
E não demos apenas o título, destinamos mais de R$ 100 milhões para que esse produtor rural tenha acesso a saneamento básico e moradia digna, por meio de nossa parceria com a CDHU, e também dialogue com mercado consumidor – já que dobramos o teto do Programa Paulista da Agricultura de Interesse Social (Ppais) em dois anos.
No Oeste Paulista, corredor da pecuária em nosso estado, mudamos a realidade fundiária. Não medimos esforços e conseguimos retomar a Feicorte, a maior feira de pecuária de corte da América Latina, que não era realizada há dez anos.
Atuamos em várias dessas frentes para dar apoio ao nosso agropecuarista, que precisa continuar a fazer o que sabe melhor: produzir. É como o governador Tarcísio de Freitas bem diz: “Cabe ao Estado oferecer todos os instrumentos e deixar que as pessoas trabalhem”.
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