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      Flávio Roscoe Presidente da FIEMG

      Empresário e atual presidente do Sistema FIEMG

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    Hidrelétricas, sim! Caminho para uma energia limpa, firme e sustentável

    Neste momento crucial em que discutimos o futuro de nossa matriz energética, é essencial que voltemos nossos olhares para as usinas hidrelétricas. Num país como o nosso, onde a energia desempenha um papel vital na manutenção da economia e no bem-estar da população, a função das usinas hidrelétricas, com energia limpa e firme, é de suma importância e impulsiona nossa economia e garante o consumo no nosso cotidiano. A Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (FIEMG) defende e destaca o potencial incontestável dessa fonte como alicerce fundamental para um futuro energético sustentável.

    A geração hídrica, com suas características intrinsecamente limpas e a capacidade de fornecer uma base constante de energia para o sistema elétrico, possui uma pegada de carbono consideravelmente menor em comparação a outras fontes de energia e também se destaca pelo seu custo mais baixo, resultando em benefícios tangíveis para o consumidor, com a tarifa reduzida.

    Apesar de todos os benefícios citados, verificamos a redução contínua da participação na nossa matriz elétrica das usinas hídricas, de 92% para 72%. A FIEMG, consciente da importância indiscutível das usinas hidrelétricas, está comprometida em fomentar um diálogo amplo e aberto sobre a necessidade urgente de investir em novas estruturas. Compreendemos que a energia eólica e solar são pilares importantes em nossa jornada rumo à sustentabilidade, mas não podemos negligenciar a necessidade de uma fonte de energia firme e constante e as hidrelétricas oferecem essa estabilidade, atuando como a espinha dorsal de nossa matriz energética.

    É preciso garantir a segurança energética do país sem que haja a necessidade de utilização de energia térmica, que não são apenas mais onerosas, mas também provocam impactos ambientais indesejáveis. É interessante notar que, enquanto as usinas hidrelétricas avançam modestamente, expandindo sua capacidade de geração em apenas 12% no período de 2006 a 2022, as fontes térmicas abastecidas por combustíveis fósseis, apesar de suas implicações econômicas e ecológicas desfavoráveis, tiveram um crescimento acentuado de 117%.

    No momento em que o apagão recente nos lembra da importância da segurança energética, é essencial considerar as lições do passado e ao mesmo tempo, precisamos simplificar as regulamentações ambientais de maneira responsável, de modo a facilitar a construção e modernização das usinas hidrelétricas. Essa abordagem visa garantir que uma jornada rumo à sustentabilidade seja orientada de forma pragmática e equilibrada, garantindo um equilíbrio harmonioso entre o crescimento econômico e a preservação ambiental.

    O Brasil tem potencial de geração de 13.700 megawatts de energia hidrelétrica, potencial de expansão em mais de 250% no atual parque. Vale destacar que esse potencial está concentrado em regiões já desenvolvidas, próximas aos centros consumidores, o que reduz custos com grandes linhas de transmissão. De acordo com um estudo realizado pela Gerência de Economia da FIEMG, a construção de uma hidrelétrica demanda produtos e serviços de uma ampla cadeia produtiva que o país já possui. Sendo assim, essa demanda poderia ser suprida integralmente pela indústria nacional. Se forem investidos 50% da capacidade prevista, os impactos econômicos e sociais são significativos: cerca de 500 mil vagas de empregos seriam geradas, número superior ao de empregos formais da cidade de Campinas (SP) em 2021; a massa salarial gerada corresponderia ao pagamento de 1,5 milhão de bolsas famílias por mês; e a arrecadação de impostos líquidos seria equivalente a 1,5 vez o orçamento do Ministério dos Transportes para manutenção e construção de rodovias federais em Minas Gerais em 2023, por exemplo.

    Portanto, convidamos todos a considerar e celebrar a importância indiscutível das usinas hidrelétricas em nossa caminhada energética, que nos conduz a um futuro mais brilhante. Os investimentos em hidrelétricas, além de contribuírem para a previsibilidade do sistema elétrico e da segurança energética nos próximos anos, poderão gerar benefícios econômicos, sociais e ambientais. A FIEMG se posiciona como uma força unificadora, empenhada em liderar esse diálogo essencial para a construção de um panorama energético mais diversificado, resiliente e verdadeiramente sustentável.

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