Acordo sobre Gaza pode ser alcançado nas próximas 48 horas, dizem fontes
Uma pessoa ouvida pela CNN ressaltou que libertação de reféns poderia começar na próxima semana
Um acordo de cessar-fogo para a Faixa de Gaza pode ser alcançado nas próximas 48 horas, afirmam diversas fontes familiarizadas com as negociações.
Duas fontes israelenses disseram que o acordo está "muito próximo", sendo que uma delas pontuou que o anúncio poderia ser feito nas próximas 24 horas.
Uma terceira fonte destacou que o acordo poderia ser alcançado nas próximas 48 horas. Com isso, a libertação dos reféns provavelmente começaria no início da próxima semana.
Uma autoridade americana confirmou que houve progresso, afirmando que um acordo poderia ser fechado em "dias".
Em mais um sinal de que as negociações estão caminhando em uma direção positiva, uma autoridade israelense disse que o governo já começou a trabalhar em um rascunho preliminar da resolução de cessar-fogo, que seria apresentado ao gabinete para votação caso algum acordo seja alcançado.
De acordo com a lei israelense, qualquer decisão de libertar prisioneiros palestinos como parte de um acordo sobre libertação de reféns deve primeiro ser aprovada pelo governo.
Se o gabinete aprovar, há um curto prazo para que petições sejam protocoladas perante o Supremo Tribunal de Justiça de Israel para contestar as libertações. O governo só poderá prosseguir com as solturas depois que esse obstáculo for superado.
Entenda o plano dos EUA para Gaza
A Casa Branca divulgou os principais pontos do plano apresentado pelo governo do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, para acabar com a guerra entre Israel e Hamas na Faixa de Gaza.
A proposta americana prevê um governo internacional temporário, que seria chamado de “Conselho da Paz”, chefiado e presidido por Trump, com outros membros e chefes de Estado a serem anunciados, incluindo o ex-primeiro-ministro do Reino Unido, Tony Blair.
O controle de Gaza seria posteriormente cedido à Autoridade Palestina.
O plano apresentado por Trump prevê um cessar-fogo permanente e a libertação de todos os reféns que continuam nas mãos do Hamas, vivos ou mortos.
Em troca, o governo israelense libertará presos palestinos e devolverá restos mortais de pessoas de Gaza.O acordo sugere ainda que o território palestino não será anexada por Israel e que o Hamas não terá participação no futuro governo da região.
Integrantes do grupo palestino que se renderem seriam anistiados.
A proposta também inclui a retirada gradual das forças israelenses da região e a desmilitarização de Gaza.
Israel afirmou concordar com o plano e o Hamas declarou que aceita libertar todos os reféns no início do cessar-fogo e também renunciaria ao controle do território palestino.
O grupo, porém, não deu mais informações sobre outros pontos-chave da proposta de Trump.
Delegações de Israel, EUA e Hamas se reúnem no Egito para negociar condições do plano que pode por fim aos dois anos de guerra na Faixa de Gaza.