Al Jazeera acusa Netanyahu de "calúnias inflamatórias" após fala sobre fechar rede em Israel

Governos pelo mundo criticaram a declaração do premiê israelense

Kareem Khadder e Eyad Kourdi, Hamdi Alkhshali, da CNN
Benjamin Netanyahu em Tel Aviv  • 31/12/2023 ABIR SULTAN/Pool via REUTERS
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Na segunda-feira (1), a Al Jazeera condenou a decisão de Israel de encerrar temporariamente a rede no país e acusou o primeiro-ministro Benjamin Netanyahu de não fornecer qualquer evidência legítima para apoiar suas alegações de seu envolvimento no ataque de 7 de outubro.

O canal baseado no Catar acusou Netanyahu de recorrer a "calúnias inflamatórias" que prejudicaram não apenas a reputação da Al Jazeera, mas também a segurança e os direitos de seus funcionários em todo o mundo.

"A Al Jazeera responsabiliza o primeiro-ministro israelense pela segurança de sua equipe e das instalações da rede em todo o mundo, após seu incitamento e essa falsa acusação de maneira vergonhosa", disse a Al Jazeera em um comunicado.

Como o mundo respondeu

O Departamento de Estado dos EUA disse que "continuará deixando claro" a Israel que apoia "o trabalho que a imprensa livre faz", incluindo a Al Jazeera.

Bloquear a Al Jazeera "marca uma escalada alarmante, e os esforços israelenses restringem a liberdade de imprensa e limitam ainda mais o acesso que os cidadãos do mundo têm às realidades diárias em Israel e na Palestina", disse o diretor da Human Rights Watch, Israel e Palestina, Omar Shakir, à CNN.

O Comitê para a Proteção dos Jornalistas incentivou Israel a não fechar o escritório da Al Jazeera em Jerusalém, acrescentando que está "profundamente preocupado" com a nova legislação que autoriza Netanyahu a fechar a rede.

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