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    Após ataque a hospital em Gaza, OMS diz que instalações de saúde nunca devem ser alvo

    Diretor da organização ressaltou que a localização desses hospitais é “absolutamente clara” e que sua segurança está consagrada no Direito Internacional Humanitário

    Pessoas feridas são transferidas após hospital de Gaza ser atingido em ataque
    Pessoas feridas são transferidas após hospital de Gaza ser atingido em ataque 17/10/2023REUTERS/Reuters TV

    Jen Christensenda CNN

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    Autoridades da Organização Mundial da Saúde (OMS) condenaram veementemente nesta terça-feira (17) a explosão no Hospital Batista Al-Ahli, classificando o ocorrido como um ataque “em escala sem precedentes”.

    Além de cuidar dos pacientes, o hospital também abrigou milhares de deslocados internos, ressaltou a OMS.

    Veja também — Israel diz Jihad Islâmica foi responsável por ataque a hospital em Gaza

    “Queremos expressar nossa mais profunda tristeza pelo horror que se desenrolou esta noite no hospital Al-Ahli”, disse o Dr. Richard Peeperkorn, representante da OMS para os territórios palestinos ocupados, em entrevista coletiva nesta terça.

    “Este ataque não tem precedentes, mas a OMS tem visto ataques consistentes nas unidades de saúde no território palestiniano ocupado”, complementou.

    A OMS ainda não tem números específicos de vítimas da explosão no hospital, mas afirmou que os relatos da área indicam número de mortos e feridos na casa das centenas.

    “Estamos todos profundamente chocados com os acontecimentos que se desenrolaram em Gaza esta noite”, comentou o Dr. Mike Ryan, diretor-executivo do Programa de Emergências de Saúde da OMS. Ele acrescentou que a localização desses hospitais é “absolutamente clara”.

    “A saúde não é um alvo. Nunca deve ser alvo de ninguém em conflito. Isso está consagrado no Direito Internacional Humanitário e estamos vendo isso ser violado repetidas vezes, novamente e novamente durante a última semana e isso tem que parar”, ponderou Ryan.

    “Isso deve parar. Não podemos deixar que médicos e enfermeiros façam as escolhas que têm de fazer. É desumano”, adicionou.

    Autoridades em Gaza culparam um ataque aéreo israelense pela explosão, enquanto Israel diz que não atingiu o hospital e atribuiu a culpa ao lançamento de um foguete pelo grupo Jihad Islâmica que falhou. A Jihad Islâmica também negou autoria.

    O hospital é um dos 20 no norte de Gaza que receberam ordens de evacuação dos militares israelenses, mas a ordem foi “impossível” de ser executada dada a atual situação de segurança e a falta de pessoal e ambulâncias, segundo o doutor Ahmed Al-Mandhari, ddiretor regional da OMS para o Mediterrâneo Oriental.

    “A OMS apela à proteção ativa imediata dos civis e aos cuidados de saúde. O direito internacional humanitário deve ser respeitado. Desta forma, os cuidados de saúde devem ser ativamente protegidos e nunca visados”, destacou Al-Mandhari.

    A Organização Mundial de Saúde disse ainda que mesmo antes da explosão no hospital houve mais de 100 ataques a profissionais de saúde: 51 deles em Gaza, com 15 profissionais de saúde mortos em serviço, 27 feridos e 24 instalações de saúde danificadas.

    Este conteúdo foi criado originalmente em inglês.

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