Trump diz que Israel tem o direito de se defender e ameaça o Hamas
Tanto Israel quanto o Hamas se acusaram mutuamente de violar o cessar-fogo no enclave palestino
O presidente dos EUA, Donald Trump, disse na quarta-feira (29), no horário local, que o cessar-fogo apoiado pelos EUA não corre o risco de ser comprometido após os ataques israelenses mortais em Gaza, que, segundo autoridades locais, mataram pelo menos 26 pessoas.
"Pelo que entendi, eles mataram um soldado israelense", disse Trump a repórteres a bordo do Air Force One. "Então, os israelenses revidaram e deveriam revidar. Quando isso acontecer, eles deveriam revidar", acrescentou.
"Nada vai comprometer" o cessar-fogo, disse Trump. "Vocês precisam entender que o Hamas é uma parte muito pequena da paz no Oriente Médio, e eles precisam se comportar."
O presidente americano ainda ameaçou o grupo palestino: "Se eles (o Hamas) forem bons, ficarão felizes, e se não forem bons, serão eliminados, suas vidas serão ceifadas", disse Trump.
Tanto Israel quanto o Hamas se acusaram mutuamente de violar o cessar-fogo.
Novos ataques na Faixa de Gaza
O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, ordenou nesta terça-feira (28) que o Exército israelense realize ataques "imediatos e poderosos" em Gaza.
"Ao concluir as consultas de segurança, o primeiro-ministro Netanyahu instruiu o escalão militar a realizar ataques imediatos e poderosos na Faixa de Gaza", afirmou o gabinete do premiê em um breve comunicado.
Um oficial militar disse que o Hamas atacou as tropas israelenses a leste da chamada linha amarela, que separa Gaza ocupada por Israel do restante do território.
O ministro da Defesa, Israel Katz, disse que o Hamas pagaria um “preço alto” pelo ataque aos soldados das Forças de Defesa de Israel (FDI) e prometeu que Israel responderia “com grande força”.