Armazém da OMS é atacado por militares israelenses em Gaza

Organização afirmou que local foi saqueado por "multidões desesperadas" após disparos

Catherine Nicholls, da CNN
Sede da OMS
Logo da OMS perto da sede da entidade em Genebra02/02/2023 REUTERS/Denis Balibouse  • REUTERS/Denis Balibouse
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A residência dos funcionários da Organização Mundial da Saúde (OMS) e o principal armazém em Deir al-Balah, no centro de Gaza, foram atacados por militares israelenses na segunda-feira (21), informou a organização.

Tanques israelenses entraram em Deir al-Balah na segunda-feira (21), pela primeira vez desde o início da guerra de 21 meses, de acordo com relatos da mídia.

O principal armazém da OMS foi danificado após um ataque que causou explosões e incêndios em seu interior, disse a organização, como "parte de um padrão de destruição sistemática de instalações de saúde". O armazém foi posteriormente saqueado por "multidões desesperadas", de acordo com um comunicado da OMS.

A CNN entrou em contato com as Forças de Defesa de Israel para comentar.

A residência da equipe da OMS também foi atacada três vezes, disse, com funcionários da equipe e suas famílias, incluindo crianças, "expostos a grave perigo e traumatizados depois que ataques aéreos causaram um incêndio e danos significativos".

Mulheres e crianças foram forçadas a deixar o local pelas tropas israelenses, enquanto os homens foram "algemados, despidos, interrogados no local e revistados sob a mira de armas", de acordo com a OMS.

Quatro pessoas foram detidas pelas forças israelenses, e três foram liberadas posteriormente, disse o comunicado.

“Com o armazém principal inoperante e a maioria dos suprimentos médicos em Gaza esgotados, a OMS está severamente limitada em dar suporte adequado a hospitais, equipes médicas de emergência e parceiros de saúde, que já sofrem com escassez crítica de medicamentos, combustível e equipamentos”, disse a organização.

A localização de todas as instalações da OMS é conhecida por todas as partes relevantes no conflito, continuou, acrescentando que a OMS permanecerá em Deir al-Balah para "entregar e expandir suas operações".

“A OMS está consternada com as condições perigosas sob as quais os agentes humanitários e os profissionais de saúde são forçados a operar. À medida que a situação de segurança e o acesso continuam a se deteriorar, as linhas vermelhas são repetidamente ultrapassadas e as operações humanitárias são empurradas para um espaço de resposta cada vez menor”, afirmou a organização, apelando à libertação de um membro da sua equipe, à proteção da sua equipe e das suas instalações, e à autorização para a entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza sem impedimentos.

Esse conteúdo foi publicado originalmente em
inglêsVer original