Ataque russo com drones deixa dezenas de feridos em Kharkiv
Disparos provocaram incêndios e forçaram a saída de moradores da segunda maior cidade da Ucrânia

Drones russos atingiram prédios residenciais em Kharkiv, a segunda maior cidade da Ucrânia, ferindo 32 pessoas, incluindo duas crianças. Os disparos provocaram incêndios e forçaram dezenas de moradores a fugir de suas casas, disseram autoridades regionais.
Segundo informações preliminares, as forças russas lançaram 19 drones contra os distritos de Slobidskyi, Osnovianskyi e Nemyslianskyi após a meia-noite, afirmou o governador regional Oleh Syniehubov, acrescentando que seis dos feridos foram hospitalizados.
Kharkiv, localizada a cerca de 30 km da fronteira russa, repeliu as forças russas nas primeiras semanas da invasão em grande escala da Rússia em fevereiro de 2022 e, desde então, tem sofrido ataques quase diários com mísseis e drones contra bairros residenciais e infraestrutura.
Syniehubov afirmou que 48 pessoas, incluindo três crianças, foram retiradas da escadaria tomada pela fumaça de um prédio de vários andares e que pelo menos 10 carros particulares, uma casa residencial próxima, garagens, o telhado de um escritório e um supermercado foram danificados.
Fotos divulgadas pelo Serviço Estatal de Emergência da Ucrânia mostraram que o ataque destruiu fachadas de lojas e prédios de apartamentos, com equipes de resgate guiando moradores feridos por entre carros amassados e ainda fumegantes e metal retorcido espalhado por um pátio enegrecido.
O prefeito de Kharkiv, Ihor Terekhov, afirmou que um drone atingiu as proximidades de uma unidade médica, ferindo um médico e danificando o prédio e carros próximos.
"Ouvi o Shahed (drone) se aproximando... Fui literalmente empurrado para o corredor pela onda de choque", disse Danilo Bondarev, um estudante de 22 anos que mora no terceiro andar de um dos prédios danificados.
"É apenas uma área residencial, só tem uma escola e um jardim de infância aqui, e absolutamente mais nada", acrescentou.
Não houve nenhum comentário imediato da Rússia sobre os ataques.
Ambos os lados negam ter como alvo civis na guerra, mas milhares morreram nos quase quatro anos de conflito, a grande maioria ucranianos.


