Belarus pode estar financiando o Grupo Wagner em vez da Rússia, diz Reino Unido

Presidente bielorrusso também havia sido importante para acabar com rebelião dos mercenários contra Putin

Duarte Mendonca, da CNN
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O Ministério da Defesa do Reino Unido disse em um comunicado neste domingo (13) que há "possibilidade realista" de que a Rússia não financie mais as atividades do grupo mercenário Wagner.

Em uma série de publicações na plataforma social “X”, anteriormente conhecida como Twitter, o ministério pontuou que o Estado russo “agiu contra alguns outros interesses comerciais do proprietário do Wagner, Yevgeny Prigozhin”, depois que ele liderou um motim fracassado contra o chefe do exército russo em junho.

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"Se o Estado russo não pagar mais a Wagner, o segundo pagador mais plausível são as autoridades bielorrussas", destacou a Defesa britânica.

“No entanto, a força considerável [para pagamento] seria um dreno significativo e potencialmente indesejável dos modestos recursos bielorrussos”, acrescentou o texto.

O Ministério da Defesa sugeriu que, como consequência, o Grupo Wagner provavelmente avançaria para “um processo de redução de tamanho e reconfiguração, principalmente para economizar nas despesas salariais do pessoal em um momento de pressão financeira”.

É importante destacar também que o presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko, foi quem fechou um acordo para acabar com uma rebelião dos combatentes do Grupo Wagner, Muitos deles se mudaram para Belarus, onde sua presença alarmou a vizinha Polônia.

O próprio Prigozhin, chefe dos mercenários, continua foragido, e foi fotografado na Rússia no mês passado, sugerindo que ele retém algum poder.