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    Brigada russa acusada de crimes de guerra em Bucha recebe título honorário de Putin

    Presidente da Rússia parabenizou a 64ª Brigada de Fuzileiros de Guardas Separados por seu “grande heroísmo e coragem”

    Hannah RitchieMasha Angelovada CNN

    Uma brigada acusada de cometer crimes de guerra na cidade ucraniana de Bucha recebeu um título honorário do presidente russo, Vladimir Putin.

    Em uma carta assinada na segunda-feira, Putin parabenizou a 64ª Brigada de Fuzileiros de Guardas Separados da Rússia por seu “grande heroísmo e coragem” e concedeu à unidade o título de “Guardas” por “proteger a soberania da Rússia”.

    “Esta alta distinção reconhece seus méritos especiais, grande heroísmo e coragem na defesa de sua pátria e na proteção da soberania e dos interesses nacionais da Rússia”, disse Putin na carta.

    “Através de ações astutas e ousadas durante a operação militar especial na Ucrânia, a equipe da unidade tornou-se um modelo no cumprimento de seu dever militar, valor, dedicação e profissionalismo”, continuou a carta.

    No início deste mês, valas comuns cheias de centenas de civis assassinados – que as equipes da CNN visitaram – foram descobertas nas cidades de Bucha e Borodyanka após a retirada das forças russas da região de Kiev.

    Em um comunicado divulgado em 4 de abril, o Ministério da Defesa da Ucrânia nomeou os militares da 64ª Brigada de Fuzileiros Motorizados de Guardas Separados como criminosos de guerra diretamente envolvidos nas atrocidades cometidas contra os civis de Bucha.

    O presidente ucraniano Volodymyr Zelensky culpou a Rússia pelos assassinatos e pediu a Moscou que pare de cometer “crimes de guerra”.

    O Kremlin negou qualquer envolvimento nos assassinatos em massa, enquanto reitera alegações infundadas de que as imagens de corpos civis nas ruas de Bucha são falsas.

    Durante uma visita a Bucha e Borodyanka na semana passada, o procurador-chefe do Tribunal Penal Internacional (TPI), Karim Khan, disse que havia “motivos razoáveis ​​para acreditar que crimes dentro da jurisdição do TPI estão sendo cometidos”.

    Mas Khan também alertou que seria “desafiador” garantir que a justiça seja feita na Ucrânia, dada a decisão da Rússia de retirar sua assinatura de um estatuto do TPI que dá ao tribunal jurisdição para processar indivíduos por genocídio, crimes contra a humanidade, crimes de guerra e crimes de agressão.

    A Rússia não extradita seus cidadãos para outros países.

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