Buscas são encerradas com 61 mortos em escola que desabou na Indonésia

Terremoto atingiu região no mesmo dia do desmoronamento, dificultando ainda mais o resgate

Prasto Wardoyo e Zahra Matarani, da Reuters
Estantes de escola que desabou na Indonésia
Estantes de escola que desabou na Indonésia  • REUTERS
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Equipes de resgate da Indonésia concluíram nesta terça-feira (7) as buscas por vítimas presas sob os escombros de um internato islâmico que desabou na província de Java Oriental, após recuperarem mais de 60 corpos, informaram autoridades responsáveis ​​pelo desastre.

A escola Al Khoziny desabou na última segunda-feira (29), sobre centenas de pessoas, durante as orações dos estudantes no final da tarde em uma mesquita no andar inferior de um prédio cujos andares superiores ainda estavam em construção. A maioria escapou.

Um terremoto atingiu a região a cerca de 200 km do local do desabamento, no mesmo dia, dificultando ainda mais as buscas.

Os corpos de todas as 61 pessoas no prédio foram encontrados, bem como sete partes de corpos que a polícia está tentando identificar, informou a agência de mitigação de desastres em um comunicado, interrompendo as buscas em um desastre que consideram o mais mortal do ano.

O ministro do Empoderamento Social da Indonésia, Muhaimin Iskandar, afirmou que o governo realizará uma auditoria na escola Al Khoziny, bem como em outros internatos islâmicos privados, “em risco” de falhas estruturais.

Al Khoziny é uma das mais de 42 mil escolas desse tipo em todo o país, conhecidas como pesantren, das quais apenas 50 possuem alvará de construção, informou o Ministério de Obras Públicas.

A agência de notícias Reuters não conseguiu determinar se Al Khoziny possuía alvará ou entrar em contato com as autoridades escolares. A mídia citou o chefe do Sidoarjo, Subandi, afirmando na semana passada que a escola supostamente não possuía alvará.